Introdução e Objetivo: A Amazônia, com sua vasta biodiversidade, é um dos maiores reservatórios de plantas medicinais do mundo. O potencial terapêutico das plantas amazônicas tem despertado crescente interesse da comunidade científica brasileira e internacional, uma vez que muitos dos fármacos modernos são derivados de compostos naturais. Este trabalho visou propiciar novas informações sobre a exploração e o uso de plantas medicinais da Amazônia, para o desenvolvimento de novos fármacos e a necessidade de preservação deste bioma. Os objetivos deste estudo foram identificar plantas medicinais da Amazônia, com potencial farmacológico; analisar pesquisas científicas sobre essas plantas; e discutir a importância de preservar a biodiversidade amazônica. Casuística e Método: Este estudo realizou uma revisão sistemática de artigos científicos e dissertações sobre plantas medicinais da Amazônia e seu potencial farmacológico. A metodologia incluiu a seleção de fontes em bancos de dados como Scielo e Google Scholar; análise de dados focada na diversidade de espécies; tipos de compostos; ensaios biológicos; e classificação dos resultados de acordo com a atividade farmacológica. Resultados: A revisão bibliográfica identificou várias plantas medicinais amazônicas com significativo potencial farmacológico, como Uncaria tomentosa (anti-inflamatória e imunomoduladora), Croton lechleri (cicatrizante e antimicrobiana), Bertholletia excelsa (anti-inflamatória, antitumoral e antioxidante) e Paullinia cupana (estimulante e antioxidante). Os compostos bioativos isolados, incluindo alcaloides, flavonoides, terpenoides e taninos, mostraram eficácia em estudos in vitro e in vivo, para doenças inflamatórias, infecciosas e neoplásicas. Discussão: Os resultados indicaram que as plantas medicinais da Amazônia têm grande potencial para o desenvolvimento de novos fármacos, devido à sua rica diversidade de compostos bioativos. Contudo, constatou-se que a pesquisa de novos fármacos enfrenta desafios, como a necessidade de metodologias padronizadas e a conservação das espécies ameaçadas pelo desmatamento e mudanças climáticas. A integração dos conhecimentos tradicionais indígenas com a ciência moderna pode ser eficaz para o desenvolvimento de fármacos. Paralelamente, as políticas públicas de preservação ambiental e incentivo à pesquisa são essenciais para a sustentabilidade dessas descobertas. Conclusão: As plantas medicinais da Amazônia representam uma fronteira promissora na pesquisa farmacológica oferecendo inúmeras oportunidades para a descoberta de novos compostos terapêuticos, que podem contribuir significativamente para a medicina moderna. A preservação do bioma amazônico e o investimento em pesquisa são essenciais para o desenvolvimento sustentável de novos fármacos. É crucial que a comunidade científica, juntamente com os governos e as comunidades locais trabalhem em conjunto para protegerem esse valioso recurso natural e explorar seu potencial de forma sustentável.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza