ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA VARICELA NA REGIÃO NORTE: ANÁLISE DOS CASOS DE 2018 A 2023

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA VARICELA NA REGIÃO NORTE: ANÁLISE DOS CASOS DE 2018 A 2023

• Autor
• Pedro Silva Lima
• Co-autores
• Pedro Henrique Rodrigues Ferreira , Davi Felipe Nóbrega Silva , Lucas Alexandre Ferreira de Sousa , Fernando Freitas da Silva Pinto , Marcus Paulo Oliveira Lopes , João Lucas Lalor Tavares
• Resumo

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  Introdução e objetivo: A varicela, também conhecida como catapora, é uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus Varicela-Zoster, o contágio ocorre por contato direto ou de secreções respiratórias. Caracteriza-se por febre, mal-estar e erupções cutâneas pruriginosas que evoluem de manchas vermelhas para vesículas, pústulas e crostas. Embora geralmente leve em crianças, a varicela pode causar complicações como infecções bacterianas secundárias, pneumonia e encefalite, sendo mais grave em adultos e indivíduos imunocomprometidos. Apesar da disponibilidade de uma vacina eficaz, a varicela ainda representa um desafio significativo para a saúde pública na região Norte do Brasil. A distribuição dos casos varia entre os estados dessa região, refletindo diferenças na cobertura vacinal e nas condições socioeconômicas. Assim, uma análise detalhada do perfil epidemiológico da varicela na região Norte é essencial para compreender melhor a doença e elaborar métodos de controle. Esse estudo objetiva descrever os aspectos epidemiológicos da varicela na região Norte do Brasil entre 2018 e 2023. Causuística e Método:Trata-se de estudo observacional transversal, de caráter quantitativo. Foram analisados dados secundários coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2018 a 2023 sobre os pacientes diagnosticados com varicela na região Norte do Brasil, baseado nas variáveis: sexo, faixa etária e unidade da federação (UF). Resultados: No período e região analisados foram notificados 7.571 casos. Desses, observa-se que o ano de 2019 apresentou o maior número de casos (n= 2.921; 38,5%), representando um aumento de 30,7% em relação ao ano anterior. Em contrapartida o ano com menos casos foi 2023 (n= 410; 5,4%). Foi observada uma redução considerável nos casos entre 2019, com 2.921 casos, e 2020, com 518 casos. Além disso, houve maior incidência no sexo masculino (n= 3.976; 52,5%). A raça mais afetada foi a parda (n= 5.471; 72,2%). A UF com mais casos no período analisado foi Roraima (n= 2.782; 36,7%) seguida por Amazonas (n= 2.242; 29,6%), Tocantins (n= 1.612; 21,2%), Pará (n= 611; 8%), Rondônia (n= 160; 2,1%), Acre (n= 117; 1,5%) e Amapá (n= 47; 0,6%). Conclusão: Os achados destacam a necessidade de políticas públicas que ajam sobre as disparidades entre as variáveis, reforçando a importância de estratégias abrangentes de controle da doença, incluindo a manutenção e ampliação da cobertura vacinal, campanhas de conscientização e melhorias nas condições socioeconômicas. Além disso, a redução significativa nos casos de varicela a partir de 2020, correlacionada ao início da pandemia de COVID-19 e medidas de distanciamento social, ressalta a possível influência dessas restrições na diminuição de doenças contagiosas. Baseado nisso, a análise detalhada desses dados é essencial para orientar a tomada de decisões e desenvolver abordagens mais eficazes para proteger a população e mitigar os impactos da varicela.

   

• Palavras-chave
• Varicela, Incidência, Epidemiologia
• Área Temática
• Epidemias Globais