PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PESSOAS COM ESQUISTOSSOMOSE NOTIFICADAS NO SISTEMA DE AGRAVO DE NOTIFICAÇÃO (SINAN), DE ACORDO COM O ANO DE NOTIFICAÇÃO, NA REGIÃO NORTE NO PERÍODO DE 2016 A 2023

  • Autor
  • Khaelson Andrey Barroso Moura
  • Co-autores
  • José Nazareno Cunha Negrão , Jorge Luis Moscoso Paraense
  • Resumo
  •  

    Introdução e Objetivo: A esquistossomose é uma doença parasitária causada por trematódeos do gênero Schistosoma. É uma doença de grande relevância para a saúde pública, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Este trabalho teve como objetivo traçar o perfil epidemiológico da esquistossomose, na Região Norte do Brasil, entre os anos de 2016 e 2023, identificando tendências e características demográficas dos casos registrados durante esse período. Casuística e Método: Este estudo baseou-se uma análise retrospectiva dos casos de esquistossomose registrados na Região Norte do Brasil de 2016 a 2023. Os dados foram coletados do DATASUS, abrangendo informações sobre o número total de casos por ano e a distribuição dos casos por raça, sexo e faixa etária. Resultados: Na Região Norte, foram registrados 64 casos de esquistossomose em 2016, 97 casos em 2017, 83 casos em 2018, 42 casos em 2019, 27 casos em 2020, 34 casos em 2021, 59 casos em 2022 e 38 casos em 2023. A distribuição dos casos, de acordo com a raça, revelou que 29,50% dos casos ocorreram entre pessoas brancas, 6,53% entre pessoas pretas, 1,35% entre pessoas amarelas, 59,46% entre pessoas pardas, 0,45% entre indígenas e 2,70% dos casos não tiveram a raça informada. Em relação ao sexo, 51,13% dos casos ocorreram entre homens e 48,87% entre mulheres. Quando analisados por faixa etária, os dados mostraram que 2,48% dos casos ocorreram em menores de 1 ano, 1,80% entre 1 e 4 anos, 1,80% entre 5-9 anos, 2,93% entre 10-14 anos, 2,93% entre 15-19 anos, 21,62% entre 20-39 anos, 44,59% entre 40-59 anos, 7,88% entre 60-64 anos, 5,63% entre 65-69 anos, 6,53% entre 70-79 anos e 1,80% em pessoas com mais de 80 anos. Discussão: Os dados mostram uma variabilidade no número de casos de esquistossomose ao longo dos anos, com um pico em 2017 e uma redução notável em 2020. A redução em 2020 pode estar associada a pandemia de COVID-19, que pode ter impactado tanto a exposição à doença quanto à capacidade de diagnóstico e notificação. A distribuição dos casos, por raça, revela uma predominância significativa entre pessoas pardas, seguidas por brancas, pretas e indígenas. Em relação ao sexo, a doença afeta quase igualmente homens e mulheres. A maior incidência ocorre em adultos de 40 a 59 anos, seguidos pela faixa de 20 a 39 anos. Esses dados indicam que a esquistossomose afeta predominantemente adultos em idade produtiva, com uma distribuição racial que pode refletir desigualdades socioeconômicas e de acesso à saúde. Conclusão: O perfil epidemiológico da esquistossomose na Região Norte do Brasil entre 2016 e 2023 destaca uma alta prevalência entre pessoas pardas e adultos de 40 a 59 anos com uma leve predominância ao sexo masculino. Esses resultados destacam a necessidade de estratégias direcionadas de prevenção e controle, considerando as especificidades demográficas da região, implementando políticas públicas eficazes para reduzir a incidência da doença e mitigar suas consequências na saúde pública.

     

  • Palavras-chave
  • Esquistossomose, Schistosoma mansoni, Doenças Parasitárias, Epidemiologia, Vigilância em Saúde Pública, Demografia, Sexo, Raça, Faixa Etária, Doenças Tropicais Negligenciadas, Fatores Socioeconômicos
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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