CASOS NOTIFICADOS DE LEPTOSPIROSE DE 2018 A 2022 NO ESTADO DO PARÁ

  • Autor
  • Ytalo Magalhães Miranda
  • Co-autores
  • Amanda Sousa França Veras , Geórgia de Jesus Ribeiro , Glória Caroline Alexandre de Araújo , Jannyara Sayaponara da Silva Sousa , Kennedy Santana Martins , Jonildo Pinheiro Alexandre Junior , Maria Eduarda Luzia Rebelo Freire , Rossela Damasceno Caldeira
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: A Leptospirose é uma zoonose infecciosa febril aguda, de notificação compulsória, que tem como agente etiológico a bactéria do gênero Leptospira cuja transmissão se dá através da exposição direta ou indireta à urina de animais, em especial de roedores. Essa patologia é muito incidente em regiões com situações precárias de saneamento básico e seu acometimento é diretamente proporcional ao aumento dos níveis de chuva e alagamentos. Por isso, é necessário compreender a incidência dos casos de leptospirose e realizar ações voltadas para prevenção e diminuição da contaminação por esse agente. O presente trabalho tem por objetivo analisar os números notificados de leptospirose no estado do Pará no período de 2018 a 2022. CASUÍSTICA E MÉTODO: Utilizou-se uma abordagem metodológica do tipo ecológica transversal, aplicando a técnica de análise espacial, comparando os períodos de 2018 a 2022, utilizando como filtros: as macrorregionais paraenses (MI, MII, MIII e MIV) e número de casos notificados em cada mês do ano. Os dados foram coletados através do sistema de tabulação de informações do DATASUS, o TABNET. RESULTADOS: No estado do Pará, dos anos 2018 a 2022, foram notificados 524 casos de leptospirose. Dentre as quatro macrorregionais paraenses, a que obteve maior número de notificações da doença foi a Macrorregional I (MI) com 373 (71,20%) dos casos. Na sequência vem a MII com 97 (18,50%), MIII com 40 (7,63%) e MIV com 14 (2,67%). A MI engloba cinco municípios da região metropolitana da capital: Belém, Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará.  A média mensal de notificações no Pará é de 43,67 casos. Entre os meses de Fevereiro e Junho, houve um aumento média estadual para 69,4 (13,24%) casos, tendo seu pico máximo no mês de Março com 78 (14,88%) casos, enquanto que na MI a média sobe para 50 (13,40%) casos, tendo seu pico no mês de Maio com 54 (14,47%) casos. DISCUSSÃO: De acordo com os dados apresentados, a leptospirose ainda é uma preocupação em saúde pública para o estado, tendo em vista o alto número de notificações, sendo a macrorregional I uma região de alerta para a gestão em saúde. A MI engloba a região metropolitana paraense, além de ser a mais populosa, possui grande incidência de chuva e problemas relacionados a saneamento básico, ocasionando a contaminação da água através da urina dos animais infectados. O aumento da frequência de chuvas nesse período do ano, leva as pessoas circularem por áreas alagadas e empoçadas, levando a exposição a dengue, hepatite A e a leptospirose. CONCLUSÃO: Nesse contexto, deve-se atentar para os problemas de saneamento básico presentes nesta região além, do fator relevante das chuvas que é muito incidente na Amazônia. Medidas preventivas, bem como programas governamentais de saneamento básico nas regiões prejudicadas pelo grande volume de alagamentos, ações de educação em saúde, controle de pragas e acondicionamento de lixo são ferramentas importantes no combate a Leptospirose.

  • Palavras-chave
  • Leptospirose; Chuva; Enchentes; Saneamento básico
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

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Lauro José Barata de Lima

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza