INTRODUÇÃO:Desde a instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, nos anos 90, sua característica mais abrangente foi a prevenções no setor primário de patologias. As campanhas de vacinação obrigatórias foram as responsáveis pelo controle de doenças, tais como o Sarampo, que até o ano de 2016, este obtinha certificado de erradicação. Contudo, com os eventos migratórios da população latina e europeia ao Brasil, com início principalmente na região norte do país, houveram preocupações por nestes locais haverem notificações da OMS de surtos com até 112.163 novos casos de Sarampo. Assim, novamente a população brasileira tornou-se suscetível a tal, tal como assolando suas complicações principalmente em crianças e grávidas. O Sarampo é uma doença viral e exantemática, de princípios de febre, conjuntivite e manchas vermelhas pelo corpo, transmitida pelo RNA do vírus Morbillivirus. É uma patologia grave, com capacidade de deprimir o sistema imunológico abrindo espaço a outros patógenos, especialmente em crianças abaixo de 5 anos, assim como associado ao risco de complicações na gravidez, incluindo aborto. Este estudo tem como objetivo descrever a atual situação epidemiológica do Sarampo na região Amazônica. METODO: O atual estudo tem como desenho uma Revisão Sistemática da Literatura. Foram abordados artigos dos último 5 anos nas bases de dados Scielo e Pubmed, tal como informações atuais disponibilizadas pelo site do Ministério da Saúde do Brasil. Durante sua elaboração, foi descrito a população mais suscetível a doença, intervenção a ser seguidas, comparação entre intervenções, tal como TIMELINE atual. RESULTADOS: na região norte do país respectivamente obteve-se um total de 15.544 novos caos, no último 5 anos. Principais estados foram Amazonas com 8802 casos e o Pará com 5511 casos. Discussão: No Brasil em 2018 com a nova circulação do vírus foram confirmados, entre os anos 2018 a 2022, 20.901 novos casos.Na região Amazônica nos últimos 5 anos foram ditos 15.544 novos casos, demonstrando sua situação de vulnerabilidade. Com a proximidade de fronteiras com países latinos, demonstra-se a fragilidade de políticas públicas em controle da migração, assim como controle de novas epidemias. Neste contexto, em um total foram registrados 28 óbitos na região. Conclusão:A patologia do Sarampo ressurgiu no Brasil a partir da susceptibilidade de turistas e migrantes. O fator primordial a este desenvolvimento foi a diminuição da cobertura vacinal, inferior ao requerido de 95%. Principalmente na região norte, tanto pelo contingente populacional, social e econômico, quanto a expansão de territórios, visa-se uma grande dificuldade em controle da transmissão e tratamento. Estados como o Amazonas e Pará, obtiveram 8802 e 5511 casos registrados respectivamente, demonstrando a fragilidade a implementação da politica vacinal. Assim, prevenir a doença é essencial para proteção de populações em risco e diminuição dos índices de mortes aqueles à mercê da sociedade.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza