Neoplasia Maligna de Bexiga na região Norte do Brasil: uma análise epidemiológica do período de 2013 a 2023.

  • Autor
  • Karina Dias Rocha
  • Co-autores
  • Gisele Rocha Lopes , Sabrina Caetano dos Santos , Adolpho Eugenio de Oliveira Nery Neto , Lecildo Lira Batista e Alberto Souza Paes , Alberto Souza Paes
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo: O câncer de bexiga representa uma das neoplasias malignas mais comuns do sistema urinário, sendo atualmente o décimo câncer mais comum do mundo. Nos homens é a sexta causa mais comum de câncer e a nona causa de morte por câncer. Dentre os fatores de risco destacam-se: idade avançada, sexo, etinia, tabagismo e exposição ocupacional a carcinógenos. Investigar o perfil epidemiológico da neoplasia maligna de bexiga no Brasil, em especial na região norte, faz-se crucial para implementar medidas preventivas e assistenciais adequadas. Esse trabalho objetiva, pois, traçar e analisar as características epidemiológicas do câncer de bexiga no norte do brasil durante 2013 a 2023. Método: Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e transversal através da coleta e interpretação de dados do Sistema Tabnet - DATASUS. Foi selecionado por diagnóstico detalhado o ítem “C67-Neoplasia maligna da bexiga” de pacientes residentes, diagnosticados e tratados no Norte do Brasil. Foram analisadas as variáveis por estado entre 2013 e 2023.  Resultados: Durante o período de 2013 a 2023, registrou-se um total de 1352 casos de Neoplasia Maligna de Bexiga em pacientes residentes da região norte do país. 1009 residentes foram diagnosticados e tratados no Norte do país, com a maior concentração de notificações no estado do Pará, seguido de Rondônia e Amazonas. O número de diagnósticos aumentou em 210% no período com pico em 2022 com 185 notificações. Com relação ao perfil de pacientes, houve maior incidência no sexo masculino, 73%, enquanto o sexo feminino representou 26% dos casos. Os idosos são os mais acometidos com 73% dos casos. No tocante ao estadiamento da neoplasia maligna de bexiga, o diagnóstico dos casos  no estágio 1 da doença foi o mais prevalente, porém não foram registrados o estadiamento da neoplasia em 569 indivíduos. A modalidade terapêutica mais utilizada foi a cirúrgica, 56%, com o estado do Pará liderando o número de operações. Discussão: É evidente um aumento na incidência da neoplasia de bexiga na região norte durante o período analisado. O estado do Pará se destaca como epicentro dessa condição, seguido por Rondônia e Amazonas. A maior incidência entre os homens pode ser explicada pela exposição desse público aos fatores de risco da doença e a atuação de andrógenos que parecem atuar na supressão do sistema imunológico . Dados do estadiamento da doença revelaram uma preocupação com um número considerável de casos não adequadamente avaliados. Conclusão: Compreender a epidemiologia da doença é imprescindível para o estabelecimento de políticas públicas de promoção à saúde.  Os resultados demonstram  a necessidade de medidas  para um diagnóstico precoce da neoplasia maligna de bexiga no norte do país, que, consequentemente, permite um tratamento mais efetivo e melhora o prognóstico da doença. 

  • Palavras-chave
  • Neoplasias; Bexiga Urinária; Epidemiologia
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

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Lauro José Barata de Lima

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza