Panorama epidemiológico dos casos de Neoplasia Maligna de Rim na região Norte do Brasil entre os anos de 2013 a 2023

  • Autor
  • Karina Dias Rocha
  • Co-autores
  • Gisele Rocha Lopes , Sabrina Caetano dos Santos , Adolpho Eugenio de Oliveira Nery Neto , João de Barros Neto , Cesar Augusto da Rocha Ribeiro
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO E OBJETIVOS:  O Carcinoma de Células Renais (CCR) constitui o grupo de subtipos histológicos e moleculares de neoplasias que afetam as células epiteliais do parênquima renal, mais frequentemente na região do córtex. O CCR representa 5% e 3% de todas as neoplasias malignas humanas em homens e mulheres, respectivamente, constituindo a neoplasia urogenital mais incidente em escala global. Sua letalidade é a maior de todos os tumores urológicos, com taxa de mortalidade de 30 a 40%. Esse trabalho objetiva traçar e analisar o panorama epidemiológico dos casos de neoplasia maligna de rim no norte do Brasil entre 2013 a 2023. Método: Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e transversal através da coleta e interpretação de dados do Sistema Tabnet, a partir do Painel de Oncologia - DATASUS. Foi selecionado por diagnóstico detalhado o ítem “C64-Neoplasia maligna do rim, exceto pelve renal”, de pacientes residentes, diagnosticados e tratados no Norte do Brasil entre 2013 a 2023. Resultados: Os casos de Neoplasia Maligna do Rim em pacientes residentes do Norte do Brasil entre 2013 a 2023 totalizaram 1457. No entanto, 18,6% dos pacientes foram diagnosticados e/ou tratados em outras regiões e 1.185 foram tratados no região norte. O Pará liderou em incidência, 56,12%, seguido pelo Amazonas, 28,19%, e Amapá e Tocantins, ambos com 2,53% dos casos. Durante o período, houve aumento de 304% da incidência da doença. O pico de diagnósticos ocorreu em 2022 com 16,79% das ocorrências. O maior número de casos foi na faixa etária de 60 a 69 anos, sendo o pico aos 68 anos. Quanto ao estadiamento da doença, os casos foram majoritariamente diagnosticados no estádio 4, com 25%, exceto no Amapá, onde 44% dos pacientes foram diagnosticados no estádio 1. Contudo, em 55% das ocorrências não foi registrado o estádio da doença. A modalidade terapêutica predominante foi a cirurgia, com 658 procedimentos, seguido de quimioterapia e radioterapia. Todavia, no Acre, Roraima, Amapá e Tocantins, a quimioterapia foi a estratégia terapêutica mais empregada. Discussão: O aumento no número de casos pode estar associado ao aumento de fatores de risco do carcinoma de células renais, como hipertensão, obesidade e doença renal crônica. A exposição a fatores de risco também pode ser a causa do maior acometimento  acometimento de pacientes idosos e do sexo masculino. Os casos foram detectados predominantemente no estádio 4 da doença. Isso pode ter como causa o padrão da manifestação da neoplasia, que costuma ser sintomática apenas nos estágios avançados da doença. CONCLUSÃO: A determinação do perfil epidemiológico de uma doença é fundamental para o estabelecimento de políticas públicas e para a promoção da saúde. Dessa forma,  um amplo conhecimento epidemiológico do CCR na região norte é imprescindível, visto que a maioria dos casos são detectados em fases avançadas, dificultando o prognóstico da doença.

  • Palavras-chave
  • Neoplasia, Rim, Epidemiologia
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza