CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA NA REGIÃO DO MARAJÓ ENTRE 2018 A 2022.

  • Autor
  • Maria Rita de Sousa Gonçalves
  • Co-autores
  • Maria Eduarda da Silva Santos , Kamila Cecília Gomes da Silva , Ayanne Castro de Miranda , Bárbara Ferreira Pereira , Gabriela Braga Rodrigues , Kaylane Fernanda Costa de Melo , Juliane Correa e Correa , Paula Cordeiro Aguiar de Almeida , Letícia Cavalcante Gondim
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A gravidez na adolescência é a ocorrência da gestação entre 10 e 19 anos de idade, que apresenta riscos sociais, psicológicos e físicos tanto para a gestante quanto para o feto, especialmente na faixa etária dos 10 aos 15 anos. No Brasil, de acordo com relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), um em cada cinco nascidos vivos é fruto da gravidez na adolescência, sendo que 66% dessas gestações são indesejadas e ocorrem por causas multifatoriais, como o âmbito socioeconômico e a falta de acesso às informações do planejamento familiar. Nesse sentido, a avaliação do Marajó faz-se necessária, tendo em vista o destaque do Norte na incidência desses casos e as condições socioeconômicas da região. Portanto, este estudo tem como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico da gravidez na adolescência na região do Marajó-PA nos anos de 2018 a 2022. CASUÍSTICA e MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal e quantitativo, com dados coletados por meio do Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde (DATASUS) acerca dos casos de gravidez na adolescência nos anos de 2018 a 2022. Foram analisadas a incidência das variáveis: idade, nível de escolaridade, estado civil, raça e adequação do pré-natal. RESULTADOS: Entre 2018 e 2022, foram registrados 678.227 nascidos vivos no estado do Pará, sendo mais de 20% (149.892) desses casos relacionados à gravidez na adolescência (10 aos 19 anos). O Marajó representou mais de 10% do total, com 16.704 casos notificados e 93% deles entre 15 e 19 anos. Em relação ao nível de escolaridade, 8.286 mães apresentaram de 0 a 7 anos de instrução e 8.188 possuíam de 8 a 12 anos. 51% das adolescentes eram solteiras, 44% encontravam-se em união consensual e apenas 2% eram casadas. A maioria (94%) se identificou como parda, seguido por 3% brancas e 1,4% pretas. Aproximadamente 55% das gestantes não realizaram pré-natal ou relataram acompanhamento considerado inadequado. DISCUSSÃO: Houve prevalência maior de adolescentes pardas, com baixo nível de instrução escolar (0-7 anos) e sem acompanhamento pré-natal adequado, o que indica a influência das condições socioeconômicas e da falta de acesso à informação na ocorrência dessas gestações. Além disso, a faixa etária mais expressiva foi dos 15 aos 19 anos e solteiras, apontando para a falta de discussões sobre o planejamento familiar e a contracepção no início da idade reprodutiva. CONCLUSÃO: Após a aferição dos dados, fica evidente que o Marajó representa parte expressiva dos casos de gravidez na adolescência e que há estreita correlação com os fatores sociais. Tendo isso em vista, é necessária a implementação de políticas públicas na região, como a realização de palestras sobre o planejamento familiar e a contracepção em praças públicas e em Unidades Básicas de Saúde. Além disso, mais estudos epidemiológicos são necessários para a melhor compreensão do quadro observado no Marajó, permitindo o desenvolvimento de medidas específicas.

  • Palavras-chave
  • gravidez, adolescência, Marajó, pré-natal.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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