COMPARATIVO ENTRE LESÕES HANSÊNCIAS E NÚMERO DE CASOS DE HANSENÍASE NA REGIÃO DO XINGU

  • Autor
  • Naydson Ramalho de Deus
  • Co-autores
  • Rayssa Muryel Bastos Salles Lucena , Arthur Guilherme Dias Farias , Anna Karolina Chopek Farias , Milena Cristina Dias Farias , Caio Vinicius Soares da Silva , Olivânia Karoline Cabral Gomes , Tinara Leila de Souza Aarão , Tracy Martina Marques Martins
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença bacteriana de evolução crônica definida por manifestações clínicas fundamentadas no acometimento dermoneurológico, causando lesões cutâneas e perda de sensibilidade. Existem 4 tipos clínicos dessa patologia sendo eles: tuberculoide, virchowiana, dimorfa e indeterminada da qual podem se classificar de maneira operacional como Paucibacilar e Multibacilar. A região do Xingu é prioritária para o Ministério da Saúde por possuir índices elevados de infecção associado a uma terapêutica ineficaz uma vez que há o abandono do tratamento devido à demora e falta de orientação em saúde sobre o esquema medicamentoso. Carência de busca ativa dos pacientes pelas unidades básicas de saúde, falta de qualificação adequada dos profissionais e/ou escassez de medicamento em municípios afastados da rede de distribuição são outras barreiras no combate a essa patologia na região Xingu. OBJETIVO: Compreender a relação entre a incidência de lesões hansênicas com o número de casos nos municípios da região do Xingu. CASUÍSTICA E MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa por meio de uma pesquisa realizada no banco de dados “DataSUS” com pesquisa para o intervalo de tempo de 2014 a 2023. Foi realizada uma seleção de artigo da plataforma SciELO e PUBMED com recorte temporal de 2020 a 2024 com associação dos descritores: “Hanseníase” AND Mycobacterium leprae” OR “Reações Hansênicas”. Os critérios de inclusão: artigos digitais nos idiomas inglês e português, publicados entre 2020 e 2024. Foram selecionados 31 resultados para compor o escopo do estudo. RESULTADOS: Foram analisados os municípios do Xingu, nos estudos analisados percebe-se que a atenção primária em saúde nessa região sofre a carência de recursos no combate na hanseníase. Ressalta-se, que outros estudos afirmam a baixa escolaridade e o auto índice de pobreza contribuem para que o tratamento não seja eficaz. Assim percebe-se que foram registrados 1876 casos da doença notificados nos últimos 10 anos com a apresentação de 13962 lesões cutâneas entre essa população. DISCUSSÃO: A hanseníase apresenta manifestações dermoneurológicas, variando de acordo com o tipo da doença. Dessa forma, ressalta-se que a grande extensão territorial da região do Xingu dificulta o diagnóstico da doença, assim como a adesão correta ao tratamento, visto que a distribuição de medicamentos e de equipes multidisciplinares é prejudicada por casos subnotificados que aumentam o contágio de maneira exponencial, tendo em mente que a transmissão da hanseníase se dá pelo contato direto entre pessoas, principalmente, em casos doentes crônicos. CONCLUSÃO: A Hanseníase é um problema de saúde pública, visto que há diversas formas de manifestação e que é predominante em áreas carentes e sem estrutura. Diante disso, observa-se a necessidade da qualificação de equipes multidisciplinares e distribuição de medicamentos em municípios mais afastados do centro de referência.

  • Palavras-chave
  • hanseníase, Reações Hansênicas, Mycobacterium leprae, Amazônia e atenção primária.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza