USO DO NIRMATRELVIR/RITONAVIR NA PRÁTICA CLÍNICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • Ana Clara Moura de Oliveira
  • Co-autores
  • Victória Vinagre Pires Franco , Rhomero Assef Souza
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A COVID-19 é uma doença infectocontagiosa causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-COV-2), cujos primeiros casos foram identificados na China em 2019, com a declaração de pandemia em março de 2020. Desde então, vários tratamentos têm sido propostos, incluindo imunomoduladores, anticorpos monoclonais e drogas antivirais. Dentre eles, destaca-se o medicamento de marca Paxlovid® composto pela associação do nirmatrelvir/ritonavir. Ele foi inicialmente incorporado ao SUS em maio de 2022 e mantido segundo a 126ª Reunião Ordinária da Conitec, realizada no dia 01 de fevereiro de 2024. O objetivo desta medicação é reduzir a progressão para formas graves da doença em especial em indivíduos que apresentem fatores de risco e, de acordo com diversos estudos já realizados, ela de fato reduz a ocorrência de desfechos graves, como a hospitalização e a morte, porém ainda é necessário o monitoramento do seu perfil de segurança, efetividade e impacto orçamentário.  

    OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi abordar o uso do nirmatrelvir/ritonavir na prática clínica por meio de uma revisão sistemática de literatura.

    MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, que foi realizado por meio de uma revisão da literatura referente à produção científica de artigos, relatórios e guias sobre o uso do nirmatrelvir/ritonavir no tratamento da COVID-19 publicados em 2022-2024.

    RESULTADOS E DISCUSSÃO: O nirmatrelvir age inibindo a protease tipo 3C, resultando em redução da replicação viral, já o ritonavir inibe o metabolismo mediado por CYP3A do nirmatrelvir, fornecendo concentrações plasmáticas maiores desta droga. O nirmatrelvir/ritonavir é indicado para infecções leves a moderadas, em pacientes que não necessitam oxigênio suplementar e que sejam imunocomprometidos com idade ?18 anos ou ?65 anos, independente do status vacinal. A dosagem recomendada em pacientes adultos é de 300 mg de nirmatrelvir com 100 mg de ritonavir, por via oral duas vezes ao dia, durante 5 dias. Deve ser administrado em até 5 dias do início dos sintomas. A sua eficácia foi analisada no ensaio clínico EPIC-HR que avaliou a taxa de eventos estimada de hospitalização ou morte por qualquer causa até o dia 28 após o início do tratamento, tendo incluído 2.246 pacientes com idade a partir de 18 anos infectados pelo SARS-COV-2 com sintomas que iniciaram em menos de 5 dias e pelo menos um fator de risco, como diabetes e sobrepeso, entre outros. Entre os resultados do estudo, é válido ressaltar a redução do risco relativo de 88.9% no grupo de pacientes tratados com a droga em comparação com o placebo. 

    CONCLUSÃO: Apesar da menor taxa de incidência e mortalidade do vírus, o surgimento de novas variantes, bem como a dificuldade na manutenção da adesão vacinal, trazem à tona a necessidade da disponibilidade de medidas terapêuticas. Nesse sentido, a manutenção da incorporação ao SUS do nirmatrelvir/ritonavir é uma das formas de atender tal demanda.

     

  • Palavras-chave
  • COVID-19; Paxlovid; SARS-CoV-2; nirmatrelvir/ritonavir.
  • Área Temática
  • Evolução dos Fármacos
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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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