ANÁLISE DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS EM LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA COM ÊNFASE PARA A RESISTÊNCIA AOS INIBIDORES DA TIROSINA QUINASE

  • Autor
  • Ryane Oliveira Neves
  • Co-autores
  • Francisco Cleiton de Queiroz Batista , Paulo Afonso Oliveira Gomes , Darlen Cardoso de Carvalho , Adonis de Melo Lima
  • Resumo
  • Introdução: O câncer é o principal problema de saúde pública em todo o mundo. Com base entre a variedade de alvos moleculares para terapia do câncer, os inibidores da proteína tirosina quinase (TKIs), levaram à mudança de paradigma na terapia anticâncer, como na Leucemia Mieloide Crônica (LMC) que é uma neoplasia hematológica onde o gene híbrido BCR/ABL é o responsável pela alteração da proteína tirosina quinase em células leucêmicas. Objetivo: Realizar uma análise sobre os tratamentos utilizados em LMC com ênfase para a resistência aos inibidores da tirosina quinase a partir de dados mais recentes. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura baseada na coleta de dados a partir dos seguintes descritores: protein kinase inhibitors, chronic myeloid leucemia e resistance. As bases eletrônicas utilizadas foram PubMed e SciELO e o período selecionado foi de 2020 a 2024. Como critérios de inclusão: artigos em suas versões completas, nos idiomas inglês, português e espanhol e que apresentavam informações detalhadas sobre resistência aos ITKs. Resultados e Discussão: Inicialmente foram obtidos 88 artigos e após a aplicação dos critérios de inclusão foram selecionados 10 artigos científicos. A partir dos dados obtidos, observou-se que apesar do grande avanço no tratamento da LMC, 20-30% dos pacientes apresentam resistência aos ITKs. Essa definição está relacionada a BCR/ABL1 > 1% após 1 ano ou mais do uso de ITKs de 1ª linha ou após 6 meses dos ITKs de 2ª linha. A troca do aminoácido treonina (T) pela isoleucina (I) na posição 315 (T315I) da proteína BCR-ABL1 foi a primeira mutação detectada em pacientes com LMC resistentes ao imatinibe. Os inibidores, embora provenientes da mesma classe, diferem em termos de eficácia e ação contra mutações BCR/ABL1. O dasatinibe inibe as mutações Y253H, E255V/K e F359V/I/C resistente ao imatinibe e induz respostas mais rápidas. O nilotinibe demonstra eficácia contra a maioria das mutações de domínio ABL quinase resistentes a imatinibe, porém, não está indicado em cinco mutações: T315I, F359V, E255K/V e Y253H. O bosutinibe induz remissões duradouras com resistência ou intolerância ao imatinibe, exceto aqueles que apresentam mutações T315I e V299L na quinase BCR-ABL1. Além disso, foram identificados eventos mutacionais BCR-ABL1 adicionais que conferem resistência ao bosutinibe, incluindo L248R, T315V, F317R, F317V e a mutação composta L248R + F359I. O ponatinibe e o asciminibe são indicados como tratamento de segunda linha em portadores da mutação T315I (refratária aos ITKs de 1ª e 2ª geração). Conclusão: Um conhecimento sobre os mecanismos envolvidos na regulação e progressão da doença são essenciais para o desenvolvimento de estratégias mais definitivas e curativas para os pacientes com LMC. Vários estudos estão em andamento tentando identificar as vias e moléculas envolvidas nesse processo. A expectativa é que mais conhecimentos sobre esses mecanismos permitam identificar novos alvos terapêuticos. 

  • Palavras-chave
  • protein kinase inhibitors, chronic myeloid leucemia, resistance
  • Área Temática
  • Evolução dos Fármacos
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Tereza Cristina de Brito Azevedo

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