O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

  • Autor
  • Arthur Guilherme Dias Farias
  • Co-autores
  • Yago do Amaral Moreira , Yuri Azevedo dos Santos de Castro Tabosa , Jessica dos Santos Barros , Anna Karolina Chopek Farias , Naydson Ramalho de Deus , Milena Cristina Dias Farias , Tracy Martina Marques Martins
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: Uma das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) mais recorrentes do mundo é o câncer de colo do útero (câncer cervical ou câncer de colo uterino), que, apesar de ter causa multifatorial assim como outros tipos de cânceres, é ocasionado, principalmente pela infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), este vírus acomete aproximadamente 79% das mulheres brasileiras com vida sexual ativa. Apesar de existirem métodos preventivos gratuitos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres entre 25 e 64 anos com a vida sexual ativa, a região Norte sofre com o número de mortes em decorrência do câncer cervical. OBJETIVO: Apresentar os dados epidemiológicos dos casos de câncer de colo de útero na região Norte. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, baseado em dados secundários e regionais do SUS, sobre o câncer de colo uterino. No site do INCA, utilizou-se a opção “Atlas de Mortalidade”, onde foram selecionados: os anos de 2018 até 2022, a exibição por estado, o sexo feminino, a população padrão de 1991 e a topografia selecionada foi por tipo de câncer, o qual foi de colo de útero (CID-53). E adicionalmente, utilizou-se o Relatório Anual de 2022. RESULTADOS: A região Norte, de 2018 a 2022, é a que possui o maior índice de mortalidade, com uma taxa bruta de 9,65, acompanhada pela região Nordeste que possui 7,11 mortes a cada cem mil mulheres. A região norte ocupa a 1ª posição com 15,7% dos óbitos por câncer em mulheres. Esse quadro se torna ainda mais grave, pois a mesma região possui o pior índice de exames preventivos, como, por exemplo a Colpocitologia ou Teste de Papanicolau. As maiorias das mulheres acometidas pelo câncer uterino apresentam baixo nível de escolaridade. DISCUSSÃO: No Brasil, as políticas públicas voltadas ao combate do câncer de colo do útero vêm sendo desenvolvidas há décadas, contudo, notam-se falhas e dificuldades no acesso. Correlacionando os índices de mortalidade, a taxa de realização de exames preventivos e o nível de escolaridade das mulheres acometidas, e nota-se a gravidade do panorama do câncer de colo uterino na região Norte do Brasil. CONCLUSÃO: O incentivo à realização de exames de rastreio, como o exame Preventivo de Câncer de Colo do Útero (PCCU), é essencial para a mudança no paradigma de diagnósticos tardios desse tipo de câncer. A realização deste exame preventivo, com detecção precoce de lesões, pode reduzir o número de óbitos por este câncer. A promoção e divulgação de ações em saúde que reforcem o combate ao câncer de colo do útero podem melhorar a qualidade de vida das mulheres nortistas. Algumas ações que devem ser promovidas e divulgadas são: orientação quanto à vacinação contra o HPV, acesso e realização do PCCU, além de acesso contínuo a serviços e informações de saúde.

  • Palavras-chave
  • Câncer de Colo do Útero, Neoplasias do Colo Uterino, Teste de Papanicolau
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza