PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE DENGUE NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2014 A 2024

  • Autor
  • Victória Vinagre Pires Franco
  • Co-autores
  • Ana Clara Moura de Oliveira , Izabela Vinagre Pires Franco
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: dengue é um problema de saúde publica, devido ao grande número de casos da doença no estado do Pará e no mundo, fazendo dela a principal arbovirose que acomete o ser humano. Apresenta um padrão sazonal, coincidente com períodos chuvosos e quentes, tendo um aumento do número de casos e um risco maior para epidemias. A dengue é uma doença causada por um arbovírus do gênero Flavivirusque pertence à família Flaviviridae, apresentando 4 sorotipos. Sua transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, sendo necessária a presença de água parada para sua reprodução. A OMS define dengue como uma enfermidade febril de início agudo com duração de 2-7 dias, com dois ou mais dos seguintes sintomas: cefaléia, dor retroorbital, mialgia/ artralgia, exantema e petéquias. Pode evoluir para quadros mais graves, tais como choque, hemorragias graves e/ou sobrecarga hídrica, disfunções graves de órgãos (hepatites, encefalites ou miocardites) e, até mesmo, ao óbito. OBJETIVOS: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de dengue no Pará no período de 2014 a 2024. MÉTODOS: Estudo de caráter epidemiológico, analítico e descritivo, a partir do levantamento de dados coletados do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS), usando as informações sobre epidemiologia e morbidade a respeito da dengue no Pará. As variáveis analisadas foram sexo, idade, raça, evolução, sorotipo e hospitalização. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram notificados 78.316 casos de dengue no Pará no período de 2014 a 2024. Destes, 35.617 (45,4%) eram homens e 42.659 (54,4%) eram mulheres. Além disso, a faixa etária mais acometida foi de 20 a 39 anos, somando 30.801 (39,3%) casos, seguida por indivíduos de 40 a 59 anos, 17.005 (21,7%) casos. Na avaliação da raça, a mais prevalente foi os pardos, com 57.264 (73,1%) casos, seguido dos brancos 9.173 (11,7%) e pretos 3.662 (4,6%). Quanto à evolução da doença, 31.701 (40,4%) foram ignorados, 46.547 (59,4%) se curaram e foram relatados 68 óbitos. O sorotipo: a maioria dos casos foi ignorado (75.082 casos) e o sorotipo mais prevalente foi o DEN-1 (2.227 casos). Ademais, 5.212 foram hospitalizados, 40.000 não foram hospitalizados e 33.103 foram ignorados. CONCLUSÃO: Diante disso, nota-se a alta prevalência da dengue no Pará. O perfil geral das vítimas são mulheres pardas, entre 20 a 39 anos. Assim, é importante a prevenção dessa doença, sendo necessária medidas como: evitar acúmulo de água em recipientes, como vasos de plantas, garrafas e pneus, e manter as caixas d’água fechadas. O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) preconiza que as ações de inspeção domiciliar, eliminação e tratamento de criadouros sejam associadas à atividades de educação em saúde e mobilização social, sendo essencial o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica. Logo, é fundamental a realização de um trabalho entre a equipe de saúde, órgãos públicos, privados e a comunidade para o combate da dengue no Pará. 

  • Palavras-chave
  • Dengue, Perfil epidemiológico, Estado do Pará.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza