Perfil epidemiológico de pacientes internados por acometimento do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) na região Norte do Brasil entre 2021 e 2024

  • Autor
  • Cauê Santos Rabelo Mendes
  • Co-autores
  • Rodrigo Ormanes Massoud , Antônia Evelyn Albuquerque Costa , Isabella Tavares Moura
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO E OBJETIVO: O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é uma infecção caracterizada pelo acometimento da imunidade celular do indivíduo, com depressão da resposta imune frente aos demais patógenos. Nesse contexto, as manifestações variam desde quadros assintomáticos a pacientes acometidos pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), na qual a vulnerabilidade imune se encontra significativamente aumentada. Diante disso, é fundamental compreender a epidemiologia dessa doença no contexto nacional, a fim de determinar fatores associados ao manejo da infecção, tendo em vista a diversidade de sintomas causados. Portanto, o objetivo da pesquisa é avaliar o perfil epidemiológico das internações por HIV na região Norte do Brasil entre 2021 e 2024. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo e transversal, realizado a partir de dados do DATASUS, envolvendo as internações por HIV na região Norte entre 2021 e 2024. Foram analisadas as variáveis ano de processamento, Unidade da Federação, sexo e faixa etária. RESULTADOS: Foram encontrados um total de 11.256 internações por acometimento do HIV na região norte do Brasil durante o período delimitado, no qual se destaca o ano de 2022 como de maior número de internações, representando 3.849 (34,19%). A distribuição dessas internações por estado destacou o Amazonas como unidade da federação mais acometida, abrangendo 57,34% dos casos. Considerando o perfil dos pacientes internados, 65,44% eram homens e 78,68% estavam na faixa etária dos 20 aos 50 anos. DISCUSSÃO: Dessa forma, é possível verificar que o ano o qual obteve maior número de internações por acometimento pelo HIV foi 2021, se justificando pelo contexto pandêmico da COVID-19, a qual, ao acometer a população imunossuprimida pelo vírus da imunodeficiência, aumentava a predisposição ao agravamento de quadros infecciosos. Nesse contexto, é notável que o Amazonas foi o estado mais afetado por esses quadros devido ao grande acometimento desse estado pela pandemia, além da falta de conscientização populacional acerca da educação sexual e medidas protetivas contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Por fim, o perfil dos pacientes internados demonstrou que a população masculina teve maior prevalência em leitos de internação, o que se justifica pela maior negligência com a saúde sexual desse grupo, além de demonstrar que a faixa etária mais acometida foi de 20 anos, pelo início da vida sexual ativa, aos 50 anos, devido à deficiência imune crescente de acordo com a idade. CONCLUSÃO: A partir da pesquisa epidemiológica realizada, infere-se que as internações de pessoas acometidas por HIV sofrem influência direta de fatores regionais, de sexo, de faixa etária e do contexto epidemiológico do período estudado.

  • Palavras-chave
  • Perfil epidemiológico, internação, HIV
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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