Introdução e Objetivo: A toxoplasmose gestacional é causada pelo Toxoplasma gondii, um protozoário parasita intracelular obrigatório, capaz de causas agravos à saúde humana. Os felinos são os hospedeiros definitivo do protozoário, tornando-os reservatórios com grande potencial transmissor quando infectados. A infecção, durante a gravidez, exige maior atenção devido a transmissão vertical e os agravos que podem ocasionar ao feto. O estudo objetiva determinar a prevalência da toxoplasmose gestacional no estado do Pará, entre 2019 e 2023. Casuística e Método: Trata-se de um estudo descritivo. Os dados foram disponibilizados através do DATASUS, e foram analisados de acordo com os casos notificados de toxoplasmose em gestantes. Resultados: Obteve-se 1.816 casos de toxoplasmose gestacional. O ano com o maior número de casos foram 2021 e 2023, 23,5% (427) dos casos, seguido por 2019 com 22,2% (403) dos casos, o ano de 2022 com 18,2% (331) de casos e 2020 com 12,6% (228). Em relação a idade gestacional das gestantes, 48,7% (885) encontravam-se no segundo trimestre de gestação, 26,8% (486) estavam no terceiro trimestre, 23,5% (427) no primeiro trimestre e 1% (18) foi ignorado a idade gestacional. Analisando a faixa etária, 71,9% (1.306) estavam entre 20 e 39 anos, 24,2% (439) entre 15 e 19 anos, 2% (36) de 10 a 14 anos e 1,9% (35) estavam entre 40 e 59 anos. As mulheres pardas foram as mais acometidas pela infecção, com 75,2% (1.365) dos casos, seguido por pessoas bancas, 12,3% (223) dos casos, pessoas pretas representando 6,9% (126), 3,7% (67) foi ignorado a raça, 1% (19) dos casos foram em pessoas amarelas e 0,9% (16) em indígenas. Dos casos, 67,3% (1.222) foram confirmados, 15,1% (275) foram descartados, 14,8% (268) inconclusivo e 2,8% (51) foi ignorado. Em relação ao desfecho clínico, 52,3% (949) foi ignorado a evolução, porém, 47,7% (866) evoluíram para a cura. Discussão: Devido ao grande risco de transmissão placentária, existem fatores que influenciam na transmissão, sendo eles: estado imunológico materno, parasitemia materna e idade gestacional, visto que, as infecções mais graves ocorrem nas primeiras semanas de gestação devido ao desenvolvimento ontogenético do feto. O risco de aborto em mulheres que adquirem a infecção durante a gestação é de, aproximadamente, 0,5%, já em gestantes com infecção fetal comprovada, essa taxa pode variar entre 1,3% e 2%, se tornando um fator de risco tanto para a mãe, quanto para o feto. Com isso, o diagnóstico precoce e tratamento efetivo, podem minimizar as possíveis sequelas. As manifestações clínicas da toxoplasmose congênita incluem sequelas oculares, alterações e atrasos neurocognitivos, auditivas, e entre outros. Conclusão: Tratando-se de infecções ocasionadas pelo T. gondii, ações e medidas de promoção em saúde a respeito da toxoplasmose no acompanhamento pré-natal, são de extrema importância, e possibilitam a redução das sequelas ocasionadas pela infecção, e os riscos da toxoplasmose congênita.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza