EPIDEMIA SILENCIOSA: PREVALÊNCIA DE TOXOPLASMOSE GESTACIONAL NO ESTADO DO PARÁ, ENTRE 2019 E 2023

  • Autor
  • Jackeline Vitória Alencar Lopes
  • Co-autores
  • Max Chaves Mota Junior , Rita de Cássia Souza Pinheiro , Felipe do Carmo dos Santos , Izadora Martins Coelho , Ana Luiza de Assis Miranda , Emerson Marcone Tavares Abreu , Amanda Carla Aparecida dos Santos , Carmem Glória Palheta Godinho , Rossela Damasceno Caldeira
  • Resumo
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    Introdução e Objetivo: A toxoplasmose gestacional é causada pelo Toxoplasma gondii, um protozoário parasita intracelular obrigatório, capaz de causas agravos à saúde humana. Os felinos são os hospedeiros definitivo do protozoário, tornando-os reservatórios com grande potencial transmissor quando infectados. A infecção, durante a gravidez, exige maior atenção devido a transmissão vertical e os agravos que podem ocasionar ao feto. O estudo objetiva determinar a prevalência da toxoplasmose gestacional no estado do Pará, entre 2019 e 2023. Casuística e Método: Trata-se de um estudo descritivo. Os dados foram disponibilizados através do DATASUS, e foram analisados de acordo com os casos notificados de toxoplasmose em gestantes. Resultados: Obteve-se 1.816 casos de toxoplasmose gestacional. O ano com o maior número de casos foram 2021 e 2023, 23,5% (427) dos casos, seguido por 2019 com 22,2% (403) dos casos, o ano de 2022 com 18,2% (331) de casos e 2020 com 12,6% (228). Em relação a idade gestacional das gestantes, 48,7% (885) encontravam-se no segundo trimestre de gestação, 26,8% (486) estavam no terceiro trimestre, 23,5% (427) no primeiro trimestre e 1% (18) foi ignorado a idade gestacional. Analisando a faixa etária, 71,9% (1.306) estavam entre 20 e 39 anos, 24,2% (439) entre 15 e 19 anos, 2% (36) de 10 a 14 anos e 1,9% (35) estavam entre 40 e 59 anos. As mulheres pardas foram as mais acometidas pela infecção, com 75,2% (1.365) dos casos, seguido por pessoas bancas, 12,3% (223) dos casos, pessoas pretas representando 6,9% (126), 3,7% (67) foi ignorado a raça, 1% (19) dos casos foram em pessoas amarelas e 0,9% (16) em indígenas. Dos casos, 67,3% (1.222) foram confirmados, 15,1% (275) foram descartados, 14,8% (268) inconclusivo e 2,8% (51) foi ignorado. Em relação ao desfecho clínico, 52,3% (949) foi ignorado a evolução, porém, 47,7% (866) evoluíram para a cura. Discussão: Devido ao grande risco de transmissão placentária, existem fatores que influenciam na transmissão, sendo eles: estado imunológico materno, parasitemia materna e idade gestacional, visto que, as infecções mais graves ocorrem nas primeiras semanas de gestação devido ao desenvolvimento ontogenético do feto. O risco de aborto em mulheres que adquirem a infecção durante a gestação é de, aproximadamente, 0,5%, já em gestantes com infecção fetal comprovada, essa taxa pode variar entre 1,3% e 2%, se tornando um fator de risco tanto para a mãe, quanto para o feto. Com isso, o diagnóstico precoce e tratamento efetivo, podem minimizar as possíveis sequelas. As manifestações clínicas da toxoplasmose congênita incluem sequelas oculares, alterações e atrasos neurocognitivos, auditivas, e entre outros. Conclusão: Tratando-se de infecções ocasionadas pelo T. gondii, ações e medidas de promoção em saúde a respeito da toxoplasmose no acompanhamento pré-natal, são de extrema importância, e possibilitam a redução das sequelas ocasionadas pela infecção, e os riscos da toxoplasmose congênita.

  • Palavras-chave
  • Toxoplasma gondii; Gatos; Cistos.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza