EXPLORANDO AS PROPRIEDADES BIOATIVAS DO EXTRATO FLORAL DE SPATHODEA CAMPANULATA

EXPLORANDO AS PROPRIEDADES BIOATIVAS DO EXTRATO FLORAL DE SPATHODEA CAMPANULATA

• Autor
• Roberta Louise Dias Rodrigues
• Co-autores
• Adilson Talis Ferreira dos Santos , Augusto de Souza Mindelo Neto , Larissa Andressa Gerhardt Amaral , Rayka Izabely Leite Teixeira , Vera Lucia Dias da Silva , Rosemary Maria Pimentel Coutinho
• Resumo

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  d) Introdução e Objetivo

  Diversas plantas são utilizadas para fins fitoterápicos, representando uma alternativa terapêutica complementar ao tratamento de doenças. O extrato da planta Spathodea campanulata (tulipeira-do-gabão) é uma excelente fonte dos compostos bioativos flavonóides, iridoides, triterpenóides, esteróides e cerebrosídeos, com ação antioxidante, antidiabética e antimalarial. O presente estudo visou caracterizar os extratos florais através da análise da mudança de cor em diferentes pHs, do teste de phlobotaninos e saponinos, e da obtenção da curva padrão por espectrofotometria, contribuindo para uma melhor compreensão das propriedades desse extrato.

   

  e) Casuística e Método

  As flores foram colhidas após a defloração em uma praça pública na cidade de Belém-PA. Em seguida, foram lavadas com água, maceradas e introduzidas em uma solução de 70% etanol, dentro de um frasco de vidro ambar, à temperatura ambiente de 25° a 30°C. O extrato bruto foi então filtrado e armazenado em um frasco de vidro âmbar, onde seu pH inicial (5,6) foi medido com um pHmetro. Posteriormente, o extrato foi analisado em um espectrofotômetro UV-Vis de feixe único (Shimadzu, UV Mini1240), utilizando uma diluição do extrato em álcool etílico na proporção de 5:5 (extrato/solvente) a 470 nm, para detectar a presença de carotenóides. O pH foi variado para 2,3; 3,9; 5,6; 10,6; 12,2 com a adição de NaOH (0,8 mol) e HCl (0,5N), e a estabilidade ao pH foi analisada por meio da variação de coloração verificada. Para o teste de phlobotaninos e saponinas, foi feito o aquecimento de uma solução de 2:1 mL de extrato para HCl 1% e 1:2 mL de extrato para água destilada por 1 hora. A presença de precipitado na solução com HCl indicou a presença de phlobotaninos. A solução com água destilada foi agitada e deixada em repouso por mais 1 hora adicional; a permanência de espuma indicou a presença de saponinas.

  f) Resultados

  Os resultados revelaram uma eficaz solubilização do extrato floral de S. campanulata em etanol, acompanhada por notáveis mudanças de coloração conforme o pH se alterava, transitando de marrom escuro em meio alcalino para vermelho alaranjado em meio ácido, sugerindo a presença de phlobotaninos e saponinos. Adicionalmente, a construção da curva de calibração demonstrou uma faixa de absorbância entre 0 e 0,533 (R²=0,9996).

  g) Discussão

  A extração apresentou bom rendimento, apresentando uma curva padrão ótima e confiável. A caracterização da cor do extrato em diferentes faixas de pH se mostrou bastante expressiva, possibilitando um referencial para caracterizações e quantificação.

  h) Conclusão 

  Os testes de pH, curva padrão do extrato e testes de saponinas e phlobotaninos obtiveram resultados confiáveis. Um método simples e eficaz permitiu a caracterização e quantificação dos extratos, facilitando o isolamento de compostos bioativos para aplicação em produtos farmacêuticos e cosméticos que buscam explorar as qualidades do extrato floral com boa aceitação.

   

• Palavras-chave
• Extratos florais; bioativos; fitoterápicos.
• Área Temática
• Inovações Tecnológicas em Saúde