ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DOS CASOS DA DOENÇA DE CHAGAS AGUDA NOS ESTADOS DA REGIÃO NORTE DO BRASIL, EM UMA SÉRIE TEMPORAL DE 2018 A 2022

  • Autor
  • Max Chaves Mota Junior
  • Co-autores
  • Jackeline Vitória Alencar Lopes , Carmem Glória Palheta Godinho , Rossela Damasceno Caldeira
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo: A Doença de Chagas Aguda (DCA), é uma infecção causada por um protozoário flagelado denominado Trypanosoma cruzi. A principal via de transmissão ocorre por insetos triatomíneos, através das fezes contaminadas do vetor em contato com a mucosa e ferimentos, além disso, pode ocorrer por via oral, vertical e de forma acidental. Os surtos ocorrem de forma sazonal na Região Norte, possuindo uma íntima relação com o período de safra do Açaí. O estudo objetiva determinar o perfil clínico e epidemiológico dos casos de DCA na Região Norte do Brasil. Casuística e Método: Trata-se de um estudo observacional e retrospectivo. Os dados analisados foram disponibilizados através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (SINAN-DATASUS). Foram analisados dados de acordo com os casos confirmados de DCA nos estados do Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá e Tocantins, de acordo com as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, raça, modo provável de infecção e evolução. Resultados: Nos anos analisados, foi possível observar que o estado com maior número de casos foi o Pará, com 1.280(82,2%) casos, seguido pelo estado do Amapá com 123(7,9%) casos, estado do Acre com 40(2,6%) casos, estado do Tocantins com 25(1,6%) casos, estado de Rondônia com 4(0,3%) casos, e estado de Roraima com 2(0,1%) casos. Foi obtida uma alta prevalência de casos no sexo masculino, com 828(53,1%) casos confirmados, com maior incidência nos estados do Pará, 678(81,9%) casos, e estado do Amazonas, com 59(7,1%) casos, o sexo feminino teve 730(46,3%) casos, com maior prevalência também no estado do Pará, com 602(82,5%) casos, e estado do Amapá com 65(8,9%) casos. A maior parte dos indivíduos acometidos estava na faixa etária de 20 a 39 anos, com 528(33,9%) casos, e de 40 a 59 anos com 405(26%) casos. Entre o público mais acometido, se encontram as pessoas pardas com 1.327(85,2%) casos, e pessoas brancas, com 108(6,9%) casos. O modo mais provável de infecção foi a oral, com 1.394(89,5%) casos, seguido pela forma vetorial, com 85(5,5%) casos, forma acidental, com 3(0,2%) casos e forma vertical com apenas 1(0,1%) caso. De acordo com a evolução clínica dos pacientes, 1.344(96,3%) não foram a óbito, 190(12,2%) não foram especificados, 17(1,1%) evoluíram a óbito pelo agravo notificado e 7(0,4%) morreram por outra causa. Discussão: No Brasil, a região amazônica é endêmica para DCA, em especial o estado do Pará, por apresentar um elevado número de casos e por estar intimamente relacionada ao alto consumo do açaí. É considerada um grande problema de saúde pública, pois, acomete principalmente as populações mais pobres de países subdesenvolvidos, ou em desenvolvimento. Conclusão: O predomínio dos casos se encontra no estado do Pará, necessitando de uma maior visibilidade para esta população. Estudos como este são necessários para melhor entendimento do perfil epidemiológico da DCA, contribuindo com a detecção de surtos e epidemias nessas regiões.

  • Palavras-chave
  • Barbeiro; Protozoário; Doença de Chagas; Açaí.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza