PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE DOENÇA DE CHAGAS AGUDA NO ESTADO DO PARÁ DE 2007 A 2022

  • Autor
  • Victória Vinagre Pires Franco
  • Co-autores
  • Ana Clara Moura de Oliveira , Izabela Vinagre Pires Franco
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A doença de Chagas Aguda (DCA) é uma doença infecciosa, conhecida popularmente por “doença do coração crescido”, sendo considerada um problema de saúde público, principalmente na região Amazônica. Ela é causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi e sua transmissão ocorre pelo contato direto com as fezes dos insetos vetores, mais conhecidos como “barbeiros”. A maioria dos casos sao assintomáticos, o que dificulta seu tratamento, embora a pessoa infectada pode apresentar febre prolongada (superior a 7 dias) e uma ou mais das seguintes queixas: edema de face ou membros, exantema, adenomegalia, hepatomegalia, esplenomegalia, cardiopatia aguda, manifestações hemorrágicas, icterícia, sinal de Romaña ou chagoma de inoculação. Dessa forma, percebe-se uma prevalência no sexo masculino na faixa etária de 20-59 anos, período de vida ativo do trabalhador, especialmente devido à atividade ocupacional que lhe exige adentrar e estabelecer moradias em regiões que são o habitat natural dos vetores da doença. OBJETIVOS: Traçar o perfil epidemiológico dos casos de DCA no estado do Pará no período de 2007 a 2022. METÓDOS: O estudo e? de cara?ter anali?tico, observacional, transversal e retrospectivo baseada no Banco de Dados Eletro?nico do SUS, referente ao Perfil Epidemiolo?gico dos casos de DCA no Estado do Para?, no peri?odo de 2007 a 2022. As variáveis analisadas foram: período, sexo, faixa etária, raça, transmissão e evolução. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram notificados 3.193 casos de DCA no Pará no período de 2007 a 2024. Destes, 1.703 eram homens (53,33%) e 1.490 eram mulheres (46,66%). Além disso, a faixa etária mais acometida foi de 20 a 39 anos, 1.086 casos (34%), seguida da faixa etária de 40 a 59 anos totalizando 767 (24%) dos casos. Quanto a raça, observou-se predomínio em pardos com 2.584 casos (80,9%) e em brancos com 274 (8,5%) casos. A maioria dos casos foram transmitidos pela via oral com 2.578 (80,7%), sendo o principal alimento o açaí, muito consumido na região do Pará, seguido pela via vetorial com 190 casos (5,9%) e após pela via vertical com 4 (0,12%) casos. Na evolução do agravo houve 42 óbitos e 2.790 sobreviventes. CONCLUSÃO: Os casos de DCA são uma realidade no estado do Pará e o perfil geral das vitimas são homens, entre 20 a 39 anos, correspondente ao período de vida ativo do trabalhador. Logo conclui-se que moradores rurais tem maior probabilidade de contrair a doença em virtude da falta de informações, do mapeamento geográfico e do difícil acesso ao SUS. Portanto, faz se necessário a implantação de ações educativas que visem a identificação, o diagnóstico precoce e a conduta destes pacientes para melhor resolução do problema, diminuindo a quantidade de casos no Pará.

  • Palavras-chave
  • Doença de Chagas Aguda, Epidemiologia, Estado do Pará
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

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