PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA RENAL NA REGIÃO NORTE: AVALIAÇÃO ENTRE 2019 E 2023

  • Autor
  • Isabela Cristina Silva da Silva
  • Co-autores
  • Luídi Lobato Gonçalves
  • Resumo
  • Introdução: A insuficiência renal se caracteriza pela redução da capacidade funcional dos rins, impactando significativamente a qualidade de vida dos afetados. Seu caráter insidioso e grave tem chamado a atenção da saúde global, sobretudo pelo aumento da expectativa de vida e de práticas de susceptibilizam os indivíduos a essa condição. Esse problema é ainda mais pronunciado em regiões com menor desenvolvimento socioeconômico, a exemplo da região Norte do Brasil. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico das internações por insuficiência renal na região Norte entre janeiro de 2019 a dezembro de 2023. Método: Estudo retrospectivo, transversal, de caráter quantitativo, realizado a partir da análise de dados extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisadas as variáveis: número de internações, unidades federativas, sexo, faixa etária, raça/cor, caráter de atendimento e óbitos. Resultados: Foram registradas 42.465 internações por insuficiência renal na região Norte entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023. A maior prevalência foi observada no Pará (N=18.698/44,03%), seguido pelos estados Amazonas (N=9.500/22,37%) e Rondônia (N=4.947/11,65%). Observou-se maior ocorrência em homens (N=24.205/57,00%) quando comparado a mulheres (N=18.260/43,00%). Quanto à população, predominou a faixa etária de 60 a 69 anos (N=10.047/23,65%), acompanhada pelos intervalos 50 a 59 anos (N=8.619/20,29%) e 70 a 79 anos (N=6.642/15,64%). Em relação à raça/cor, pessoas pardas seguiram com maior incidência (N=29.945/70,51%). No que tange ao caráter de atendimento, 37.620 (88,60%) foram realizados sob urgência e 4.845 (11,40%) de maneira eletiva. Sobre a evolução do quadro, foram registrados 5.532 óbitos, os quais representam 13,02% do total de internações. Discussão: Notou-se maior número de casos nos estados do Pará, do Amazonas e de Rondônia pelos maiores contingentes populacionais, assim como de pessoas pardas, mais concentradas nesses territórios. A maior ocorrência em faixas etárias mais avançadas está relacionada às alterações da senescência e, em homens, aos hábitos etílicos que elevam a pressão arterial, a qual pode cursar para quadros de insuficiência renal. A prevalência aumentada em uma raça é explicada pelo predomínio dela em determinada região, não sendo possível inferir uma relação de causalidade com a doença. Ademais, por se tratar de doença grave e tardiamente reconhecida, a maioria dos atendimentos se deu sob urgência. Conclusão: A insuficiência renal atinge de sobremaneira os estados nortistas. A diminuição da agudização desse quadro alivia a sobrecarga dos sistemas de saúde e permite a realocação de recursos para outras condições igualmente importantes no norte do país, como a dengue e a malária. Desse modo, a redução de internações por essa condição exige o conhecimento dos profissionais da Atenção Primária sobre estratégias de detecção precoce desta condição e de hábitos que possam ocasioná-la.

  • Palavras-chave
  • Doenças não transmissíveis; Epidemiologia; Morbidade hospitalar.
  • Área Temática
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza