DESAFIOS DA HANSENÍASE NA POPULAÇÃO IDOSA: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA, NO ESTADO DO PARÁ, NO PERÍODO DE 2019 A 2023

  • Autor
  • Rafael Hipolito Pires Batista
  • Co-autores
  • Ícaro Natan Da Silva Moraes , Kelrilem Rainara Manos Cruz , Joana D'arc Cavalcante Pires Leite , Leonardo Wanzeller Magalhães , Sofia Alessandra Naiff Araújo , Isabella Lourenço Balla , Edilene Silva da Costa , Rossela Damasceno Caldeira
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. Trata-se de um parasita intracelular com tropismo pelas células de Schwann e pela pele. O envelhecimento populacional é uma realidade global que somatiza desafios de ordem biopsicossocial, já que o aumento demográfico de pessoas idosas interfere na organização dos serviços de saúde através das políticas públicas do acesso à saúde dessa população. Diante das patologias que influenciam o declínio funcional de idosos, a hanseníase possui características incapacitantes e pode causar deformidades físicas quando não tratada corretamente. O estudo tem como objetivo caracterizar os dados de hanseníase na população idosa no estado do Pará no período de 2019 a 2023. CASUÍSTICA E MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico, exploratório, de caráter transversal, desenvolvido através de pesquisa e interpretação dos casos confirmados de hanseníase no período de 2019 a 2023, no estado do Pará. Foram utilizados os bancos de dados do Sistema Único de Saúde, Sistema de Informação de Agravos de Notificação, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil, através da plataforma Informações de Saúde. RESULTADOS:No período adotado para análise, foram confirmados 10.773 casos de hanseníase no estado do Pará, no qual 21,1% (2.267) foram na população idosa. Os municípios que apresentaram  o maior número de casos nessa populaçao foram, Belém com 282 (12,4%), Parauapebas com 104 (4,6%) e  Ananindeua com 99 (4,4%) dos casos. Referente à prevalência dos dados demográficos apresentados, observou-se 1.646 (72,6%) pardos, 1.601 (70,6%) sexo masculino e 785 (34,6%) com escolaridade do  1º ao 5º ano incompleto do ensino fundamental. A subfaixa etária mais atingida foi entre 60 e 69 anos, com 1.363 (60,1%) dos casos. Quanto à forma clínica, prevaleceram a dimorfa com 1.279 (54,4%) e virchowiana com 510 (22,5%) casos. Perante a classificação operacional, 2.015 (88,8%) foram identificadas como multibacilar e 252 (11,2%) como paubacilar. Com relação ao grau de incapacidade física, foram confirmados 971 (42,8%) grau 0, 762 (33,6%) grau 1 e 344 (15,2%) grau 2. Quanto ao acometimento das lesões cutâneas, apresentaram lesão única 287 (12,6%), 2-5 lesões 625 (27,6%) e mais que 5 lesões 1.154(50,9%) casos. DISCUSSÃO: A hanseníase pode resultar em diversas fragilidades para o paciente, principalmente quando não tratada. Esse fato agrava-se quando o indivíduo é uma pessoa idosa, por já apresentar alterações biológicas, morfológicas, funcionais e bioquímicas, próprias do envelhecimento humano. CONCLUSÃO:   Diante do exposto, destaca-se a importância da assistência ao cuidado do usuário com hanseníase, através de ferramentas como, o processo de educação em saúde para a prevenção e promoção ao cuidado. É imprescindível a utilização dessas estratégias para controlar a incidência da doença na população idosa.

     

  • Palavras-chave
  • Mycobacterium leprae, Envelhecimento Populacional, Políticas Públicas.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Comissão Científica

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza