Desafios Nutricionais na Infância Amazônica: Aleitamento Materno e Prevalência de Anemias e Deficiências de Micronutrientes

  • Autor
  • Ícaro Natan da Silva Moraes
  • Co-autores
  • Rafael Hipolito Pires Batista , Kelrilem Rainara Manos Cruz , Márcia Mayanne Almeida Bezerra , Débora Evelyn Ferreira Silva , Vanessa Katiely Soares Mota Martins , Gabriella Ferreira Teixeira Gonçalves , Maria Clara Coelho Monteiro , Nayara da Cunha Matias , Thyrseane Alyne Tupinambá Andrade
  • Resumo
  • Introdução: O aleitamento materno exclusivo (AME) é fundamental para a saúde infantil, fornecendo nutrientes essenciais e proteção contra doenças. A Organização Mundial da Saúde recomenda o AME nos primeiros seis meses de idade, seguido de alimentação complementar adequada e amamentação continuada até os dois anos ou mais. No Brasil, o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) de 2019 avaliou o estado nutricional de crianças nas cinco macrorregiões do país, oferecendo uma visão abrangente sobre práticas de aleitamento e nutrição. Este estudo objetiva correlacionar os dados do ENANI sobre o estado nutricional infantil na região Norte com as práticas de aleitamento materno. Casuística e Método: O estudo baseou-se nos dados secundários do ENANI-2019, um inquérito domiciliar nacional que abrangeu uma amostra probabilística de 14.558 crianças brasileiras, menores de 5 anos, em 123 municípios dos 26 estados e no Distrito Federal. Foram analisadas as prevalências de anemia, anemia ferropriva, deficiência de vitamina B12 e outros micronutrientes na região Norte, correlacionando-os com o aleitamento materno exclusivo. Resultados: Na região Norte, as prevalências de anemia e anemia ferropriva foram significativamente mais altas em comparação com outras regiões do Brasil, com valores de 17,0% e 6,5%, respectivamente. A deficiência de vitamina B12 também se destacou, atingindo uma prevalência alarmante de 39,4% entre crianças de 6 a 23 meses. A prevalência de AME entre crianças menores de 4 meses foi de 55,8% na região Norte, inferior à média nacional de 59,7%. Entre crianças de 4 a 5 meses, a menor prevalência de AME foi registrada na região Norte (16%). A região Norte apresentou a maior prevalência de crianças menores de 2 anos alguma vez amamentadas (98,0%) e a maior prevalência de aleitamento materno na primeira hora de vida (73,5%). Discussão: Esses dados ressaltam a importância de políticas públicas e intervenções de saúde que promovam não apenas o aleitamento materno exclusivo, mas também a suplementação adequada de micronutrientes, especialmente na região Norte, onde as carências nutricionais são mais observadas. Investimentos em programas de educação nutricional e acesso a alimentos ricos em nutrientes variados são essenciais para melhorar o estado nutricional e a saúde das crianças nessa região. A promoção do aleitamento materno é crucial para garantir a ingestão adequada de nutrientes essenciais durante os primeiros anos de vida. Conclusão: O estudo demonstra a relevância do aleitamento materno exclusivo como determinante da saúde infantil na região Norte do Brasil. Investimentos em políticas e programas de promoção do aleitamento materno são necessários para combater a alta prevalência de anemias e deficiências de micronutrientes, contribuindo para o desenvolvimento saudável das crianças nessa região. 

  • Palavras-chave
  • Aleitamento Materno, Alimentação Infantil, Nutrição Infantil, Anemia.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza