Alterações otorrinolaringológicas na Síndrome pós-COVID-19

  • Autor
  • Aline Oliveira Rocha
  • Co-autores
  • Gisele Vieira Hennemann Koury , Rafael Silva Lemos , Gabriel Dias Corrêa , Erick Antônio Rodrigues Mendes , Alna Carolina Mendes Paranhos , Ápio Ricardo Nazareth Dias , Luiz Fábio Magno Falcão , Juarez Antônio Simões Quaresma
  • Resumo
  • Introdução e Objetivos: A Síndrome pós-COVID-19 (doença por coronavírus 2019) é uma doença viral crônica que se caracteriza por sintomas persistentes ou por novas alterações sistêmicas após 3 meses da fase aguda da doença, com sintomatologia diversificada e etiologia ainda não totalmente conhecida. Ela  possui impacto no atendimento otorrinolaringológico, devido as suas  diversas manifestações e afecções, que prejudicam a funcionalidade e a qualidade de vida destes indivíduos. A partir disso, o objetivo deste estudo foi avaliar as alterações otorrinolaringológicas de pacientes com Síndrome pós-COVID- 19 (SPC) a fim de estabelecer o seu perfil clínico. Casuística e Método: Trata-se de uma pesquisa de caráter metodológico, descritivo, transversal e de abordagem quantitativa, na qual foram analisados os questionários respondidos por 142 pacientes atendidos em um projeto universitário no período de dezembro de 2020 a março de 2024 e diagnosticados com SPC. Resultados: A amostra foi composta por 95 participantes do sexo feminino (66%) e 47 do sexo masculino (33%). A população adulta configurou 72% da amostra, com predomínio de idade entre 38 e 57 anos, enquanto os idosos foram menos prevalentes (27%). A maioria dos participantes (51%) tem o ensino superior completo. Os sintomas otorrinolaringológicos mais prevalentes, que surgiram e persistiram configurando a SPC, foram as alterações do olfato (n=107;75%), as queixas cognitivas (n=79; 55,6%), as alterações auditivas (n=73; 51,4%), de equilíbrio (n=46; 32,3%) e do sono (n=44; 30,9%). Discussão: Alterações otorrinolaringológicas são frequentes na SPC. O principal sintoma referido neste grupo está relacionado a alterações do olfato. O receptor da enzima de conversão da angiotensina 2 (ACE-2) é altamente expresso nas células de suporte epiteliais olfativas e nas células epiteliais respiratórias nasais, ocasionando lesão periférica e permitindo a neuro invasão pelo vírus, podendo também ocasionar lesões olfatórias centrais. A alta frequência de queixas cognitivas e do sono é explicada na literatura tanto pelo neurotropismo quanto pelas alterações psicoemocionais ocasionadas pela pandemia da COVID-19.  As alterações auditivas e no equilíbrio podem ser justificadas pela alta concentração de ACE-2 na cóclea e no labirinto, pelo comprometimento da microcirculação local, pelo comprometimento neural periférico ocasionado pelo vírus e menos frequente pelo comprometimento central destas estruturas (tanto por neurotropismo quanto pela via hematogênica). Conclusão: Alterações otorrinolaringológicas são prevalentes na SPC. Este conhecimento é importante para orientar o seguimento de pacientes com SPC, permitindo a detecção e reabilitação precoce das incapacidades.

  • Palavras-chave
  • Otorrinolaringologia, Perfil de Saúde, Síndrome de COVID-19 Pós-Aguda.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza