IMPLICAÇÕES BIOÉTICAS DA UTILIZAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PRÁTICA MÉDICA

  • Autor
  • Maria Rita de Sousa Gonçalves
  • Co-autores
  • Juliane Corre e Correa , Júlio César Coelho Lima , Leticia Rego Novaes , Lucas Fernandes Araujo Silva , Nayara Martins Ramos , Willian Hideo Miashiro Yamada
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A utilização da inteligência artificial (IA) na prática médica é um avanço tecnológico que promete revolucionar o cuidado à saúde, oferecendo ferramentas poderosas para diagnóstico, tratamento e gestão de pacientes. Porém, essa inovação vem acompanhada de implicações bioéticas que precisam ser consideradas. Desse modo, ressalta-se a importância do papel do médico em aplicar os conhecimentos científicos e tecnológicos em conformidade aos princípios éticos de beneficência, autonomia e justiça para garantir o bem estar do paciente. Portanto, o presente estudo busca investigar as implicações bioéticas decorrentes da aplicação da IA na prática médica, bem como compreender como isso afeta a relação médico-paciente. CASUÍSTICA E MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Foram incluídas as bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed. A estratégia de busca utilizada foi: ((Ética Médica) OR (Bioética)) AND (Inteligência Artificial) AND ((Medicina) OR (Medicina Clínica)). Foram incluídos artigos publicados entre 2018 e 2024 e aqueles que contemplam o objetivo da pesquisa. Excluiu-se estudos feitos com dados secundários. RESULTADOS: Após a utilização dos descritores e operadores booleanos, obteve-se 51 publicações. Após aplicação dos critérios de inclusão restaram 6 artigos para a composição dos resultados. Tais trabalhos apontam os princípios bioéticos envolvidos na utilização de IAs na medicina, limitações desta tecnologia, assim como o estabelecimento de regulamentação no seu uso. DISCUSSÃO: A incorporação da IA deve ser complementar à prática clínica, não substituindo a interação humana, cuja atuação médica deve ser baseada em humanismo. Além disso, observa-se a importância ética em abordar a tecnologia no setor da saúde atrelada à sustentabilidade. Assim, propõe-se critérios de saúde, de justiça e de conservação de recursos como forma de avaliar criticamente o desenvolvimento sustentável no uso da IA na medicina. Os estudos defendem que deve-se estabelecer o controle das novas tecnologias e seus limites. Com isso, tem-se a necessidade de regulamentar essas inovações, a fim de que a tecnologia esteja a serviço da humanidade, destacando possíveis problemas relacionados a diagnósticos tendenciosos ou desviados por interesses particulares. Sendo assim, objetiva-se o respeito à dignidade humana, entendendo que a tomada de decisão por algoritmos autônomos deve ser regulamentada pelos Estados, garantindo o respeito à autonomia dos profissionais. CONCLUSÃO: Por fim, conclui-se que o uso de IA na prática médica tem muito a contribuir com a investigação diagnóstica e conduta clínica, entretanto, é preciso a formalização da atuação dessas tecnologias a fim de minimizar possíveis vieses de interesse, além de impedir que a automatização enfraqueça as relações médico-paciente.

  • Palavras-chave
  • Bioética, inteligência artificial,
  • Área Temática
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza