FEBRE AMARELA: IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO NA PREVENÇÃO DE EPIDEMIAS

  • Autor
  • Dayse Izabelle Da Silva Farias
  • Co-autores
  • Alice Marcely Dos Santos Tuñas , Ana Paula De Souza Nogueira , Antônia Victoria Silva Aguiar , Fernando Tavares Brasil Texeira , Lucas Miquilini De Arruda Farias , Leonardo Aguiar Dos Santos , Carla Andréa Avelar Pires
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo: A Febre Amarela (FA) é uma zoonose transmitida, no ciclo silvestre, por mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, pelo Aedes aegypti. Sua principal fonte de infecção é primatas não humanos. A infecção em humanos, por sua vez, ocorre acidentalmente em áreas endêmicas, como na região amazônica. Em casos graves, a doença apresenta quadro clínico de febre alta, icterícia, hemorragia e, eventualmente, choque e disfunção orgânica. O diagnóstico é clínico-laboratorial e o tratamento é feito com hospitalização e uso sintomáticos. No Brasil, a prevenção é realizada através da vacina contra FA produzida na Fundação Oswaldo Cruz, disponibilizada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde e administrada a partir dos 9 meses de vida. Dessa forma, esta pesquisa busca analisar a importância da vacinação na prevenção de epidemia de Febre Amarela. 

    Casuística e Método: Trata-se de um estudo de caráter epidemiológico, retrospectivo, descritivo e analítico, que foi desenvolvido com dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), acerca dos índices de cobertura vacinal contra FA no período de 2013 a 2022. 

    Resultados: No período de 2013 a 2022, a cobertura vacinal no Brasil variou entre 62,41% (2019) e 44,59% (2016). Notou-se que há uma tendência decrescente na curva do índice vacinal contra FA em todas as regiões do país, exceto na região Sudeste, com uma recuperação parcial das taxas no ano de 2022, porém ainda permanece abaixo de 80%. Em relação a região Norte, os menores índices vacinais ocorreram no estado do Amapá (37,41% em 2020, 38,35% em 2021 e 44,43% em 2022), no estado de Roraima (38,97% em 2021 e 44,56% em 2022) e no estado do Pará (46,55% em 2021).

    Discussão: A partir da análise dos dados citados, observa-se que, no Brasil, a cobertura vacinal contra FA está abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de 80%, durante o período da pesquisa. A baixa cobertura vacinal é uma condição favorável para a transmissão da FA, principalmente nas áreas endêmicas, e esse fator pode propiciar a ocorrência de surtos e, até mesmo, epidemias da doença. Isso é ratificado na Nota Informativa do Ministério da Saúde, emitida em 2024, que mostra relata que o vírus da FA reemergiu em várias regiões do país. Entre 2014 e 2023, houve a notificação de 2.304 casos humanos de FA e 790 óbitos (letalidade de 34,3%). Portanto, urgi a necessidade de prevenir a persistência de casos doença no Brasil. 

    Conclusão: Sabe-se que a vacinação é a principal forma de prevenção de surtos e epidemias por infecção de FA em humanos e, portanto, é imprescindível o aumento da cobertura vacinal contra FA no país principal em áreas endêmicas da doença, como a região Norte.

  • Palavras-chave
  • Febre Amarela, vacinação, surtos, epidemias, região Norte, Brasil
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza