O USO DE “WEARABLES” NA SAÚDE E SEUS CUSTOS

O USO DE “WEARABLES” NA SAÚDE E SEUS CUSTOS

• Autor
• Gabriel do Nascimento Oliveira
• Co-autores
• Rafael Heidtmann Monteiro Messias de Brito , Vinícius Rocha Bastos , Alice Jacomini Barcos , João Victor Moura Garcia
• Resumo

• Introdução: Nos últimos anos, os “usáveis” têm oferecido novas oportunidades na área da saúde, possibilitando monitoramento e gestão de doenças crônicas, prevenção de doenças e melhoria do bem-estar geral. Esses dispositivos, como relógios inteligentes e sensores biométricos, coletam dados de saúde em tempo real. Esta revisão sistemática avalia o impacto econômico dos “usáveis” na saúde, destacando seus benefícios e desafios. Objetivo: Analisar o atual impacto e o custo-benefício dos usáveis no monitoramento de pacientes em saúde. Metodologia: A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, Google Scholar, IEEE Xplore e no relatório da International Data Corporation (IDC), utilizando as palavras-chave "wearables", "health" e "cost" para identificar estudos relevantes publicados entre 2000 e 2024, sendo incluídos relatórios do mercado, estudos empíricos e análises de custo-benefício. Resultados: A análise revelou que o uso de “usáveis” na saúde pode proporcionar benefícios econômicos significativos, como a redução de hospitalizações em até 25%, economizando aproximadamente $40 bilhões por ano em custos de saúde nos EUA. Na gestão de doenças crônicas, os “usáveis” melhoraram os resultados de saúde e reduziram os custos a longo prazo, com uma redução de 30% nos custos de tratamento de doenças cardíacas devido à detecção precoce e intervenções rápidas, além de que 60% dos usuários relataram uma melhora significativa no manejo de suas condições de saúde, além de uma redução de custos para com as mesmas. Discussão: O relatório da IDC Brasil complementa esses achados, destacando que a adoção de “usáveis” na América Latina tende a se expandir significativamente, com um crescimento anual composto de 18% no mercado, sendo que no Brasil foi registrado um aumento de 6,4% no segundo trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando cerca de 1,47 milhão de unidades comercializadas, refletindo a confiança na eficiência desses dispositivos, porém, aproximadamente 40% dos entrevistados citaram o ainda alto custo como a principal barreira para a adoção de “usáveis”. Conclusão: Os “usáveis” têm o potencial de oferecer benefícios econômicos significativos na saúde, principalmente através da redução de hospitalizações e monitoramento remoto de pacientes. No entanto, desafios como custos iniciais elevados precisam ser superados. Políticas de apoio e subsídios governamentais poderiam promover a adoção desses dispositivos, melhorando os resultados de saúde a um custo reduzido. O relatório da IDC apoia esses achados, projetando um crescimento significativo na adoção de “usáveis”, impulsionado pela necessidade de reduzir custos e melhorar a eficiência dos cuidados de saúde.

• Palavras-chave
• Usáveis, Saúde, Custo
• Área Temática
• Inovações Tecnológicas em Saúde