A ASSOCIAÇÃO ENTRE O USO DE ANTIDEPRESSIVOS NA GESTAÇÃO E O RISCO DE DESENVOLVIMENTO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • Ícaro Natan da Silva Moraes
  • Co-autores
  • Márcia Mayanne Almeida Bezerra , Neywlon Luan Lopes de Oliveira , Kelrilem Rainara Manos Cruz , Pithya Melinna Cavalcante de Souza Ferreira , Israel Macedo da Rocha , Maurício Ferreira Gomes
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo: A depressão é altamente prevalente na modernidade, afetando muitas mulheres, inclusive durante a gestação. O uso crescente de antidepressivos nesse período gera preocupações sobre os riscos e benefícios para o desenvolvimento fetal, especialmente com o aumento dos transtornos do espectro autista (TEA) nas últimas duas décadas. Estudos sobre a associação entre gestação, uso de psicoativos e possíveis implicações para o desenvolvimento fetal são escassos. Este estudo visa discutir, por meio de uma revisão integrativa de literatura, a correlação entre o uso de antidepressivos na gestação e o risco de distúrbios de neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) infantil. Casuística e Método: Realizou-se uma revisão integrativa de literatura nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico, utilizando os descritores: Gravidez; Antidepressivos; Desenvolvimento embrionário e fetal; e Transtorno do Espectro Autista (TEA). A busca abrangeu o período de 2013 a 2023 e incluiu artigos nos idiomas português e inglês. Foram selecionados 16 artigos que atenderam aos critérios de inclusão, focando no uso de Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) durante a gestação. Resultados: Os 16 artigos analisados destacam o uso de ISRS durante a gestação para tratar depressão, ansiedade, TOC e fobias. Estudos sugerem que a exposição pré-natal aos ISRS pode aumentar o risco de TEA, devido à sua capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica fetal e alterar o sistema nervoso. O surgimento de distúrbios do neurodesenvolvimento, como o TEA, de acordo com a maioria dos resultados, tem relação com outros fatores subjacentes à gestação, como os ambientais, genéticos e epigenéticos, e não somente à utilização dos antidepressivos. A depressão não tratada durante a gravidez tem consequências negativas para mãe e filho, como parto prematuro, baixo peso ao nascer e problemas emocionais. Discussão: A relação entre o uso de ISRS na gestação e o risco de TEA é multifatorial. Alguns estudos mostram um leve aumento no risco de TEA, mas os resultados variam conforme a metodologia e a população estudada. Fatores como a gravidade da depressão materna, a dose e o tipo de antidepressivo, e o tempo de exposição influenciam os resultados. É crucial considerar o risco de recaída da depressão materna ao interromper o tratamento, o que pode ter impactos adversos significativos. Conclusão: A decisão de usar antidepressivos na gravidez deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios, considerando as necessidades da mãe e a orientação médica. O acompanhamento pré-natal adequado é crucial para minimizar intercorrências e garantir a saúde da mãe e do feto. Estudos futuros devem usar metodologias mais robustas e amostras maiores para esclarecer essa relação e apoiar decisões clínicas. 

  • Palavras-chave
  • Antidepressivos, Transtorno do Espectro Autista, Gestação.
  • Área Temática
  • Evolução dos Fármacos
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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