Acidente por animais peçonhentos: uma análise comparativa entre o Estado do Pará com a Região Norte do Brasil de 2012 a 2022

  • Autor
  • Ayanne Castro de Miranda
  • Co-autores
  • Daniel Lucas Araujo Ramos , Luiz Henrique Barbosa de Pinho , Larissa Suzan Basilio e Silva , Luiz Carlos Araújo Arthur Júnior , Jadson Silva Abreu , Giovanna Gilioli da Costa Nunes , Maria Carolina Pena Ferreira Moraes , Camila Carreira Brito , Ana Clara Patrício Barbosa
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Com a maior biodiversidade do planeta, a floresta amazônica, localizada em sua grande parte na região norte do Brasil, é o local onde está situada cerca de 75 espécies peçonhentas, sendo divididas principalmente, as jararacas, cascavéis, surucucu e as corais-verdadeiras. Diante a esse fator, é muito comum a grande incidência de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nesta região. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo comparar e analisar os dados de acidentes por animais peçonhentos ocorridos no Pará e na Região Norte do Brasil. CASUÍSTICA E MÉTODO: O estudo é de natureza quantitativa e comparativa, focado na análise de dados obtidos por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre as notificações de acidentes por animais peçonhentos no período de 2012 a 2022 registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). RESULTADOS: Na região Norte, o total de notificações durante este período foi de 202.899, com uma variação anual que iniciou em 14.818 em 2012 e alcançou 23.251 em 2022. Observa-se um aumento gradual ao longo dos anos, com um crescimento mais acentuado a partir de 2016, sendo que o período total analisado teve um aumento percentual de 36,26%. No estado do Pará, as notificações totalizaram 89.143 no mesmo período. O número de notificações também mostra uma tendência de aumento, começando com 7.292 em 2012 e chegando a 10.734 em 2022. O ano com o menor número de notificações foi 2016, com 7.176, enquanto o ano de 2022 registrou o maior número. Observa-se um valor com ligeiras variações de 2012 até 2018, a partir do qual houve um crescimento mais acentuado de 46,8% até 2022. O aumento percentual do período total analisado foi de 47,2%. DISCUSSÃO: A Região Norte apresentou um aumento constante nas notificações de acidentes por animais peçonhentos, especialmente a partir de 2016. No Estado do Pará, o aumento percentual foi ainda mais significativo (47,2%) em comparação com a média da Região Norte (36,26%), com um crescimento mais acentuado a partir de 2018. Esse aumento contínuo em ambos os escopos do estudo pode ser atribuído a fatores ambientais, uma maior exposição da população a esses animais, a mudanças populacionais, melhorias na notificação e registro dos casos ou uma combinação desses fatores. CONCLUSÃO: A análise dos dados de notificações de acidentes por animais peçonhentos na Região Norte e no Estado do Pará de 2012 a 2022 revela uma tendência de aumento, com o Pará apresentando um crescimento percentual mais acentuado. Essas tendências destacam a importância de estratégias de prevenção, educação e capacitação para reduzir os riscos e melhorar a resposta aos acidentes por animais peçonhentos. A continuidade do monitoramento e da pesquisa é crucial para entender e mitigar os fatores que contribuem para essas notificações.

  • Palavras-chave
  • Animais venenosos; Epidemiologia; Mordeduras de serpentes
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza