ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE COBERTURA VACINAL DA TRÍPLICE VIRAL E INTERNAÇÕES POR CAXUMBA NO ESTADO DE PARÁ DE 2012 A 2022

  • Autor
  • Ayanne Castro de Miranda
  • Co-autores
  • Jadson Silva Abreu , João Lucas Araújo Milhomem , Larissa Suzan Basilio e Silva , Luiz Carlos Araújo Arthur Júnior , Luiz Henrique Barbosa de Pinho , Giovanna Gilioli da Costa Nunes , Daniel Lucas Araujo Ramos , Maria Carolina Pena Ferreira Moraes , Camila Carreira Brito
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A vacinação é uma das maiores estratégias de prevenção de doenças a longo prazo. Dentre as principais vacinas ofertadas no Sistema público de Saúde brasileiro está a Tríplice viral, que imuniza contra o Sarampo, a Rubéola e a Caxumba, esta última, se trata de uma infecção viral aguda e contagiosa que atinge principalmente as glândulas parótidas. Este estudo tem como objetivo analisar a relação entre a cobertura vacinal da Tríplice viral e os casos de internações por Caxumba no estado do Pará no período de 2012 a 2022. CASUÍSTICA E MÉTODOS: O presente estudo é de caráter descritivo, analítico e retrospectivo, de abordagem transversal. Os dados utilizados foram obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A consulta de dados foi realizada através das seções “Imunizações- Desde 1994” e “Morbidade hospitalar”, no período de 2012 a 2022, no Pará, Brasil. RESULTADOS: Observou-se que a proporção de cobertura vacinal da tríplice viral no Pará sofreu variações durante todos os anos do período em questão, sendo que, em relação à primeira dose, a cobertura durante os 11 anos analisados é de 79,89%, destacando-se o ano de 2020 com menor cobertura (62,39). No que se refere à segunda dose da vacina, quando todos os anos são observados, há uma porcentagem de 50,72% de cobertura, sendo o ano de 2022 o ano de menor cobertura (30,19%). Além disso, os municípios de Chaves e Breves tiveram as menores coberturas vacinais em relação à primeira e segunda doses, respectivamente. Quanto às internações, houveram 369 internações durante todo o período analisado, sendo o maior número no ano de 2017 (89 internações) e o menor número em 2020 (11 internações). O município mais afetado foi o município de Igarapé-miri (30 casos), seguido de Belém (28 casos) e Abaetetuba (19 casos). Por fim, o número de casos foi predominante no sexo masculino e na faixa etária de 1 a 4 anos (94 casos) e a idade em que houve o menor número de casos foi a partir de 70 anos. DISCUSSÃO: A análise dos dados de 2012 a 2022 no Pará revelou uma diferença significativa entre as coberturas vacinais da primeira e da segunda dose da vacina, o que pode interferir na efetividade dessa estratégia de prevenção em saúde. Além disso, observou-se que apesar de haver uma importante correlação entre a cobertura vacinal da tríplice viral e as internações por caxumba, os municípios que tiveram menor cobertura vacinal não foram os mesmos que tiveram o maior número de casos de caxumba.  Por fim, houve 369 internações por caxumba, com um pico em 2017 (89 internações) e o menor número em 2020 (11 internações). CONCLUSÃO: A alta cobertura vacinal está associada à redução de internações por caxumba. A queda na cobertura, especialmente da segunda dose, aumenta a vulnerabilidade populacional. É essencial reforçar campanhas de vacinação e garantir adesão ao calendário vacinal completo para prevenir surtos e reduzir a incidência de caxumba.

  • Palavras-chave
  • Caxumba; Cobertura Vacinal; Epidemiologia
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza