Situação Epidemiológica da Leishmaniose Tegumentar na Região Xingu no Período de 2018 a 2022.

  • Autor
  • Naum Neves da Costa dos Santos
  • Co-autores
  • Ranter Barbosa de Lima , Nayara Linco Simões , André Victor Oliveira Monteiro , Samuel Arcebispo Brasileiro , Jônatan Pinho Rodrigues Da Silva , Kaio Vinícius Paiva Albarado
  • Resumo
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    Introdução e Objetivo: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença endêmica negligenciada de grande relevância para a saúde pública no Brasil, com grande incidência na Região Norte do país devido a presença de vários fatores de risco como o clima quente, vegetação densa, predominância de zonas rurais e de áreas de desmatamento. O que configura a Região Xingu do estado do Pará como ambiente ecológico propício à ocorrência do quadro. O objetivo deste estudo foi identificar a situação epidemiológica da Leishmaniose Tegumentar na Região Xingu no período de 2018 a 2022. Casuística e Método: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, com abordagem quantitativa, a respeito dos casos de Leishmaniose Tegumentar Americana que ocorreram na região, no período de 2018 a 2022. Utilizaram-se dados secundários do Sistema de Informação de Agravos (SINAN) como fonte de dados. Para organização das informações referentes à patologia, foi utilizado o programa TABNET para tabulação e cálculo dos indicadores. Além disso, foram considerados como critérios de inclusão todos os indivíduos com casos confirmados da doença no período estudado, independentemente da idade, etnia ou gênero. Resultados: Foram confirmados 2.872 casos de LTA no período de 2018 a 2022, na qual 2020 se destacou por representar cerca de 25% do total de quadros notificados confirmados no período estudado. Quanto às cidades, Uruará apresentou o maior número de quadros de LTA, representando 580 casos (20%) do total, seguido de Altamira com 565 casos (19,6%), Medicilândia com 539 casos (18,7%), Anapu com 323 casos (11,2%), Brasil Novo com 227 casos (7,9%), Placas com 185 casos (6,4%), Senador José Porfírio com 128 casos (4,44%), Pacajá com 127 casos (4,42%), Vitória do Xingu com 116 casos (4%), e Porto de Moz com 82 casos (2,8%) representando o menor número de casos. Discussão: O quadro de LTA em todas as cidades da Região Xingu, com exceção do município de placas, teve um maior número de casos confirmados no ano de 2020. Tal período justifica-se, por enquadrar-se no período da Pandemia do COVID-19, em que a busca por ações de prevenção e rastreamento de LTA e outras doenças, tornaram-se secundárias em comparação a Pandemia. Observa-se que os municípios de Altamira, Medicilândia e Uruará registraram um número substancial nos casos notificados em todo território do sudoeste do Pará. Esse fenômeno é atribuído a migração da população para regiões periféricas das cidades, práticas mais presentes no meio rural, moradias inadequadas e transformações nas zonas florestais, exemplificadas pelo desenvolvimento da usina hidrelétrica na região que contribuíram significativamente para o desmatamento, gerando aumento da propagação da LTA. Conclusão: Nos últimos anos, o impacto da LTA tem permanecido de alta relevância na Região Xingu. Dessa forma, é crucial que autoridades adotem abordagens integradas e multidisciplinares para que se faça frente à ameaça contra a saúde da região Xingu.

     

  • Palavras-chave
  • Leishmaniose, Epidemiologia, Região Xingu.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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Boa leitura!

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Marianne Rodrigues Fernandes

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