ANÁLISE COMPARATIVA DO AUMENTO DOS CASOS DE DENGUE NO PARÁ ENTRE OS ANOS DE 2023 E 2024

  • Autor
  • Ayanne Castro de Miranda
  • Co-autores
  • Luiz Carlos Araújo Arthur Júnior arthur.junior@ics.ufpa.br , João Lucas Araújo Milhomem , Larissa Suzan Basilio e Silva , Jadson Silva Abreu , Luiz Henrique Barbosa de Pinho , Giovanna Gilioli da Costa Nunes , Daniel Lucas Araujo Ramos , Camila Carreira Brito , Ana Clara Patrício Barbosa
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: A dengue é uma das arboviroses mais comuns e distribuídas no mundo. Esse padrão se repete no Brasil, onde apresenta uma sazonalidade que sofre um aumento entre os meses de outubro a maio do ano seguinte. O ano de 2024 tem sido marcado por um cenário preocupante relacionado aos casos de dengue, com um aumento expressivo nos casos, uma incompatibilidade com os anos anteriores e exigindo medidas eficazes para conter a proliferação da doença. Este estudo tem como objetivo realizar uma análise crítica e aprofundada dos índices epidemiológicos dos casos de dengue, explorando as características do surto atual em comparação com o ano anterior, 2023. CASUÍSTICA E MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, com análise de dados obtidos nos boletins epidemiológicos semanais da Dengue fornecidos pelo Ministério da Saúde por meio do Centro de Operação de Emergências (COE). Para avaliação, foi analisado o boletim mais recente do período disponibilizado, o qual analisa a semana 1 até a semana 20 de 2024, e posteriormente os dados foram criteriosamente examinados e comparados com o mesmo período do ano de anterior. RESULTADOS: No período de analisado foram registrados 5.145.292 casos prováveis, um relação de 2.533,9 casos a cada 100 mil habitantes e gerou um total de 59.363 casos graves. Nesse mesmo período foram confirmados cerca de 2.900 óbitos, ao mesmo tempo em que haviam 2.687 óbitos investigados. DISCUSSÃO: Primeiramente, ao avaliar os dados do informe semanal, verificou-se um aumento considerável em todas as semanas de 2024 quando comparadas a 2023. Nesse sentido, vê-se que a semana 4 de 2024 tinha 134.056 casos prováveis, enquanto em 2023 haviam apenas 20.622, além de que o coeficiente de indecência por semana apresentou acentuação importante a partir da semana 1, enquanto em 2023 esse fenômeno ocorreu em semanas posteriores e não teve uma acentuação significativa, o que sugere uma investigação a fim de entender os motivos desse aumento súbito que relaciona-se com outros indicadores, como casos graves e número de óbitos. Percebeu-se um aumento percentual de 380% entre a semana de pico de casos de 2023 em relação a semana de pico de 2024. Além disso, ao analisar o gráfico de casos graves e óbitos, verifica-se que o crescimento do número de casos se reflete no crescimento do número de casos graves, mas a taxa de mortalidade desses casos graves continua a mesma, cerca de 5%. Por último, ao analisar o coeficiente de incidência de dengue por Unidade Federativa (UF) compreende-se que a ocorrência de dengue sofreu piora em 100% das unidades federativas, com menor gravidade na região Norte. CONCLUSÃO: Logo, o aumento expressivo nos casos de dengue em 2024 exige ações conjuntas por parte do Governo a fim de entender os motivos que resultaram nesse aumento considerável entre 2023 e 2024, além de traçar estratégias de combate do vetor.

  • Palavras-chave
  • Dengue; Epidemiologia; Epidemias
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

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Dra. Ana Claudia Santana

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Dr. José Roberto

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Comissão Científica

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Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza