PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MENINGITES NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA NO MUNICIPIO DE BRAGANÇA, PARÁ, BRASIL ENTRE O PERÍODO DE 2013 A 2022

  • Autor
  • Marcele Farias Silva Monteiro
  • Co-autores
  • Gleyce Gabrielle Pereira Costa Guimarães , Thainá Thamara Machado Pinto , Cícero Roniel de Sousa , Bruna Lima Abdon , José Guilherme de Pinho Medeiros , Guilherme Martins Gomes Fontoura , Adonias Brito dos Santos Júnior , Auryceia Jaquelyne da Costa Guimarães , Fabiana Souza dos Santos
  • Resumo
  •  

    A meningite é um processo inflamatório das membranas leptomeníngeas. Os agentes etiológicos que causam a meningite incluem vírus, fungos e bactérias. Devido as eventuais sequelas neurológicas, principalmente na infância, a meningite é considerada um problema desafiador na saúde pública. Os pacientes pediátricos apresentam cefaleia, vômito e febre, além do sinal de Brudzinski e Kernig positivos. Descrever o perfil epidemiológico das meningites na população pediátrica no município de Bragança, Pará, norte do Brasil, em um período de dez anos. Este estudo é observacional e retrospectivo, baseado na análise de dados secundários disponíveis publicamente. Os dados foram extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), utilizando do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) e a ferramenta de tabulação de dados TABWIN. O período de análise abrangeu de janeiro de 2013 a dezembro de 2022. Foram incluídos no estudo todos os casos confirmados de meningite. A análise dos dados foi realizada no Software Microsoft Excel versão 2311. Considerando a natureza dos dados secundários este estudo foi conduzido respeitando as diretrizes éticas pertinentes. A análise dos casos de meningite revelou uma flutuação ao longo dos anos, com um total de 16 casos notificados nos últimos 10 anos. Em 2013, foram notificados 3 casos, o que contrasta com a ausência de casos em 2014. Um único caso foi registrado em 2015, seguido por um hiato de notificações até 2017, quando mais um caso foi notificado. Entre 2018 e 2019, não foram reportados novos casos, mantendo uma aparente estabilidade na incidência da doença. Contudo, a situação mudou a partir de 2020, com a notificação de um caso, seguido de mais uma notificação em 2021. A maior preocupação surgiu com os dados de 2022, no qual houve um salto para 9 casos, indicando uma possível emergência de um surto ou um aumento na vigilância e no diagnóstico da doença. A distribuição dos casos por sexo indicou uma predominância masculina, com um total de 10 casos registrados (62,5%). Quanto à faixa etária, a maior frequência esteve entre os jovens de 15 a 19 anos e nas crianças entre 10 e 14 anos.  A hospitalização foi necessária em 56,3% dos casos. Em relação ao critério de diagnóstico utilizado, a maioria dos casos (75,0%) foi determinada por quimiocitológico, seguido por cultura e PCR. Por fim, a evolução dos casos foi em sua maioria positiva, com 93,8% dos pacientes recebendo alta. Apenas 6,3% dos desfechos foram categorizados como 'Ignorado', indicando a falta de informação sobre a evolução final desses pacientes. O sintoma mais comum foi cefaleia. O sinal de Kernig, um indicativo específico de irritação meníngea, foi notado em apenas um paciente. Nesse sentido, o presente estudo permitiu oferecer o entendimento necessário, que também colaborará na definição de controle da meningite, bem como a promoção de saúde e da qualidade de vida dos acometidos por essa doença.

     

  • Palavras-chave
  • Meningite, epidemiologia, criança
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza