CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HANSENÍASE NO ESTADO DO PARÁ ENTRE OS ANOS DE 2018 A 2022.

  • Autor
  • Ayanne Castro de Miranda
  • Co-autores
  • Giovanna Gilioli da Costa Nunes , Camila Carreira Brito , Maria Carolina Pena Ferreira Moraes , Luiz Carlos Araújo Arthur Júnior , Larissa Suzan Basilio e Silva , Jadson Silva Abreu , Luiz Henrique Barbosa de Pinho , Ana Clara Patrício Barbosa , João Lucas Araújo Milhomem
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: O Brasil destaca-se como segundo país com mais casos absolutos de hanseníase confirmados no mundo. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de 2018 a 2022 foram notificados 148.337 casos novos em todo Brasil, 27.726 na Região Norte do país e 13.382 apenas no estado do Pará, tornando-o o estado com mais casos novos da região nesse período. Dessa forma, o presente estudo objetiva fazer uma análise do perfil epidemiológico da população afetada pela hanseníase no estado do Pará entre os anos de 2018 a 2022. CASUÍSTICA E MÉTODO: Trata-se de um estudo de caráter descritivo, analítico e retrospectivo, com teor de abordagem transversal, no qual os dados foram obtidos e extraídos a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A consulta de dados foi realizada através da seção “Casos de Hanseníase - Desde 2001” do SINAN, referentes ao período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022 e relativos ao estado do Pará, Brasil. As variáveis exploradas para correlação no estudo foram: sexo, escolaridade, raça/cor e classe operacional diagnóstica (paucibacilar, multibacilar). Resultados: No período de 2018 a 2022, foram notificados um total de 13.529 casos no estado do Pará, sendo o ano de 2019 o de maior ocorrência (3490), seguido pelo ano de 2018 (3489). Do total de diagnósticos realizados, ¾ concentram-se na população autodeclarada parda (10051), com prevalência no sexo masculino (63,5%). Quanto à escolaridade, menos de 3% da população com o diagnóstico de hanseníase no período analisado possuem ensino superior completo, ao passo que a grande maioria não possui ensino fundamental completo (47%). Já a forma de apresentação da doença predominantemente encontrada nos registros foi a multibacilar (82%). Discussão: O estado do Pará, além de registrar os maiores números de casos de hanseníase da região norte, também revela através das estatísticas expostas um predomínio da doença em populações marginalizadas como indivíduos pardos e com baixo nível de escolaridade.  Tal fato pode ser associado à uma baixa qualidade de vida, difícil acesso à educação e ao saneamento básico. Além disso, o diagnóstico feito majoritariamente em formas multibacilares indicam a ausência de detecção precoce da doença. Conclusão: Portanto, ao analisar o perfil epidemiológico traçado, é possível concluir que a hanseníase constitui um grave problema de saúde pública com viés social no Brasil, com ênfase no estado do Pará. Sendo assim necessário ações de prevenção e promoção em saúde, principalmente no que tange a população de maior vulnerabilidade social,  a fim de minimizar o montante de casos atualmente vivenciados.

  • Palavras-chave
  • Hanseníase; Epidemiologia; Perfil de Saúde
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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Boa leitura!

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