PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS ADQUIRIDA EM BELÉM DO PARÁ NO PERÍODO DE 2013 A 2023

  • Autor
  • GRETA EVELIN DA SILVA MOTA
  • Co-autores
  • KAROLINA DO ESPÍRITO SANTO PINGARILHO , ALEF HENRIQUE DO ESPÍRITO SANTO LIMA , ROGER VIANNA HÜHN , ANA FLÁVIA FURTADO TELES , AMANDA DE QUEIROZ ANDRADE , ANDRÉ LUIS DOS SANTOS MAGALHÃES FILHO , KHAELSON ANDREY BARROSO MOURA , MATHEUS FARIAS BLANCO DA SILVA
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo:A sífilis adquirida, uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, tem mostrado um aumento significativo de casos. Este estudo visa traçar o perfil epidemiológico da sífilis adquirida em Belém-PA de 2013 a 2023.Casuística e Método:Este estudo epidemiológico coletou dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) através das fichas de notificação de Sífilis Adquirida do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) referentes à cidade de Belém-PA. As variáveis analisadas foram faixa etária, raça, sexo e escolaridade, abrangendo o período de janeiro de 2013 a dezembro de 2023.Resultados:A análise da incidência de sífilis em Belém, Pará, de 2013 a 2023, revelou um aumento preocupante ao longo dos anos. Em 2013, a taxa de incidência foi de apenas 0,21 casos por 100.000 habitantes, mas aumentou significativamente, atingindo um pico de 53,90 casos por 100.000 habitantes em 2017. Após 2017, a incidência reduziu gradualmente, porém nos anos de 2020, 2021 e 2022 configurou um aumento crescente de 30,94; 39,23; e 49,18 ,respectivamente. O total de casos registrados no período foi de 4927, com o menor número de casos em 2013 (3 casos) e o maior em 2017 (797 casos). As características demográficas mostraram que a faixa etária mais afetada foi a de 20 a 39 anos, representando 60,10% dos casos, seguida pelas faixas de 40 a 59 anos (24,58%) e 15 a 19 anos (8,00%). A maioria dos casos foi registrada entre indivíduos pardos (68,97%), seguida por brancos (12,00%) e pretos (8,95%). Homens representaram 65,52% dos casos, enquanto as mulheres representaram 34,44%. Além disso, 73,94% dos indivíduos afetados foram classificados como analfabetos, com uma significativa parcela de dados de escolaridade classificados como ignorados (26,06%). Discussão:A incidência de sífilis em Belém, Pará, de 2013 a 2023, revela um aumento preocupante. Mudanças nos comportamentos sexuais, falhas nos programas de prevenção e lacunas no acesso ao tratamento contribuíram para esse aumento. A alta proporção de casos entre indivíduos analfabetos destaca a necessidade de campanhas educativas acessíveis.A predominância de casos entre homens jovens reflete comportamentos de risco e barreiras socioculturais ao acesso aos serviços de saúde. Disparidades raciais indicam desigualdades sociais que dificultam o acesso a cuidados de saúde de qualidade, aumentando a vulnerabilidade à sífilis entre minorias raciais. Conclusão:Embora a incidência tenha estabilizado após 2017, os níveis permanecem altos, sugerindo que as intervenções de saúde pública não foram suficientes para controlar a disseminação da doença na população masculina parda e analfabeta, ressaltando, dessa forma, a necessidade da implementação de políticas mais eficazes nesses grupos. Conclui-se, portanto, que fatores como resistência a mudanças comportamentais e deficiências nos programas de saúde continuam a representar desafios significativos.

  • Palavras-chave
  • Perfil epidemiológico, Sífilis Adquirida, Belém-PA
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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Boa leitura!

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

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