INTRODUÇÃO: As mucopolissacaridoses (MPS) são doenças genéticas raras causadas por acúmulo de glicosaminoglicanos nos lisossomos celulares. Classificam-se em tipos I, II, III, IV, V, VI e VII de acordo com a enzima defeituosa envolvida. Embora alterações cardíacas sejam comuns, podem ser negligenciadas devido sintomas em outros sistemas. Portanto, o estudo ecocardiográfico é fundamental para identificar alterações anatômicas e funcionais desenvolvidas a longo prazo. Além de ressaltar que o atendimento seja especializado em unidades de média ou alta complexidade, conforme Lei nº 13.122/2.015, que institui o dia 15/5 como o “Dia de Conscientização das Mucopolissacaridoses”. Diante disso, buscou-se revisar a literatura para avaliar alterações cardiovasculares durante a evolução das MPS, para minimizar o impacto na qualidade de vida e recomendar abordagens terapêuticas eficazes nas doenças raras. MÉTODOS: A pesquisa trata-se de uma revisão integrativa com levantamento de artigos disponíveis na base de dados PUBMED de Janeiro de 2014 a Maio de 2024. Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) utilizados foram “Mucopolysaccharidosis” e “Echocardiography”. Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis gratuitamente e de acordo com a temática principal da pesquisa. Os critérios de exclusão foram artigos que estivessem sem resumo, revisões, estudos em animais e estudos sem dados disponíveis. RESULTADOS: Foram selecionados inicialmente 27 artigos, após a leitura do título, 14 foram elegidos para a leitura dos resumos, no qual 3 foram excluídos por não abordar a temática principal da pesquisa, totalizando 11 artigos para leitura integral. Sendo 5 relatos de caso e 6 estudos descritivos. DISCUSSÃO: Um estudo descritivo transversal revelou deformidade miocárdica do ventrículo esquerdo, hipertrofia e valvopatias acentuadas no tipo VI, II e I, moderada no tipo IV e leve no tipo III. Esses achados estão em concordância com outro estudo descritivo transversal que apontou estenose e regurgitação em valvas mitral e tricúspide de forma leve em 38% e 31% dos pacientes com MPS tipo III, respectivamente. Além disso, um relato de caso de MPS tipo VI corrobora com esses resultados, pois relatou regurgitação tricúspide discreta e valva mitral espessada com prolapso do folheto posterior, causando regurgitação moderada a grave. Foi apontado que valvopatias e hipertrofia miocárdica evoluíram desfavoravelmente com a idade. Vale ressaltar que as limitações do trabalho foram falta de dados sobre MPS tipo V e tipo VII. CONCLUSÃO: Conclui-se que, as principais alterações reveladas nos estudos ecocardiográficos são anormalidades no ventrículo esquerdo, como diferentes tipos de hipertrofia ventricular, alterações do aparelho valvar mitral e tricúspide como espessamento e insuficiência. Sendo assim, o ecocardiograma é fundamental na avaliação cardiovascular evolutiva de todos os pacientes com diagnóstico de MPS em atendimento nos serviços de média e alta complexidade.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza