Alterações cardiovasculares e mucopolissacaridose: importância da ecocardiografia em unidades de média e alta complexidade.

  • Autor
  • João Vinícius Nogueira Leal
  • Co-autores
  • Ana Paula Moia Rodrigues Viana , Anabela do Nascimento Moraes , Anderson Almeida Rosa , Gabriela Brito Barbosa , Kellen Freitas Silva de Almeida , Ludmila Oliveira dos Reis , Mayse Barbosa Lins , Paulo Roberto Tavares Tavares , Stefany Dantas Leite
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: As mucopolissacaridoses (MPS) são doenças genéticas raras causadas por acúmulo de glicosaminoglicanos nos lisossomos celulares. Classificam-se em tipos I, II, III, IV, V, VI e VII de acordo com a enzima defeituosa envolvida. Embora alterações cardíacas sejam comuns, podem ser negligenciadas devido sintomas em outros sistemas. Portanto, o estudo ecocardiográfico é fundamental para identificar alterações anatômicas e funcionais desenvolvidas a longo prazo. Além de ressaltar que o atendimento seja especializado em unidades de média ou alta complexidade, conforme Lei nº 13.122/2.015, que institui o dia 15/5 como o “Dia de Conscientização das Mucopolissacaridoses”. Diante disso, buscou-se revisar a literatura para avaliar alterações cardiovasculares durante a evolução das MPS, para minimizar o impacto na qualidade de vida e recomendar abordagens terapêuticas eficazes nas doenças raras. MÉTODOS: A pesquisa trata-se de uma revisão integrativa com levantamento de artigos disponíveis na base de dados PUBMED de Janeiro de 2014 a Maio de 2024. Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) utilizados foram “Mucopolysaccharidosis” e “Echocardiography”. Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis gratuitamente e de acordo com a temática principal da pesquisa. Os critérios de exclusão foram artigos que estivessem sem resumo, revisões, estudos em animais e estudos sem dados disponíveis. RESULTADOS: Foram selecionados inicialmente 27 artigos, após a leitura do título, 14 foram elegidos para a leitura dos resumos, no qual 3 foram excluídos por não abordar a temática principal da pesquisa, totalizando 11 artigos para leitura integral. Sendo 5 relatos de caso e 6 estudos descritivos. DISCUSSÃO: Um estudo descritivo transversal revelou deformidade miocárdica do ventrículo esquerdo, hipertrofia e valvopatias acentuadas no tipo VI, II e I, moderada no tipo IV e leve no tipo III. Esses achados estão em concordância com outro estudo descritivo transversal que apontou estenose e regurgitação em valvas mitral e tricúspide de forma leve em 38% e 31% dos pacientes com MPS tipo III, respectivamente. Além disso, um relato de caso de MPS tipo VI corrobora com esses resultados, pois relatou regurgitação tricúspide discreta e valva mitral espessada com prolapso do folheto posterior, causando regurgitação moderada a grave. Foi apontado que valvopatias e hipertrofia miocárdica evoluíram desfavoravelmente com a idade. Vale ressaltar que as limitações do trabalho foram falta de dados sobre MPS tipo V e tipo VII. CONCLUSÃO: Conclui-se que, as principais alterações reveladas nos estudos ecocardiográficos são anormalidades no ventrículo esquerdo, como diferentes tipos de hipertrofia ventricular, alterações do aparelho valvar mitral e tricúspide como espessamento e insuficiência. Sendo assim, o ecocardiograma é fundamental na avaliação cardiovascular evolutiva de todos os pacientes com diagnóstico de MPS em atendimento nos serviços de média e alta complexidade.

  • Palavras-chave
  • Mucopolissacaridose; Ecocardiografia; Alteração cardiovascular.Mucopolissacaridose; Ecocardiografia; Alteração cardiovascular.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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