Panorama epidemiológico da cobertura vacinal básica contra poliomielite no estado do Pará entre 2018 e 2023.

  • Autor
  • Sophia Silva da Silva
  • Co-autores
  • Ícaro Arley Baia Sarraf , Ligia do Socorro Oliveira , Orlando Amador Pereira Neto , Juarez Antônio Simões Quaresma , Pedro Fernando Da Costa Vasconcelos , Jorge Rodrigues de Sousa
  • Resumo
  •  

    Introdução e Objetivo: A poliomielite é uma infecção aguda causada por um poliovírus, transmitida pelo contato com fezes ou secreções orais eliminadas pela pessoa doente, possuindo 3 sorotipos com manifestações clínicas variáveis entre inespecífica, não-paralítica e paralitica, considerada uma doença erradicada no Brasil. O programa nacional de Imunizações (PNI) estabelece a vacinação com esquema básico contra a poliomielite em 3 doses a partir dos 2 meses de vida, com reforços nos 4 e 6 meses. Esse estudo visa analisar o cenário da vacinação contra a poliomielite no estado do Pará no intervalo de 2018 a 2023, destacando possíveis diferenças entre as regiões do Estado. Metodologia: Este estudo é de caráter descritivo e observacional, de abordagem transversal. Os dados foram coletados a partir do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações por meio do DATASUS/TABNET, sendo considerada a unidade da federação, munícipio , ano, e imunobiológico (Poliomielite - VIP) como variáveis da pesquisa. Resultados: Os dados coletados demonstram que a cobertura vacinal contra a poliomielite no Pará sofreu um grande impacto durante a pandemia do COVID-19, tendo uma queda expressiva nos anos de 2020 e 2021. Porém, em períodos pré e pós pandemia, a cobertura vacinal apresentou uma tendência de aumento, sobretudo, entre os anos de 2022 e 2023 – 66,09% para 82,88%. Discussão: A taxa de vacinação do esquema básico, embora em aparente aumento no período pós COVID-19, ainda não atingiu os níveis ideais de cobertura estipulados pelo Ministério da Saúde de 95% do público-alvo. Além disso, a análise dos dados permitiu entender que a vacinação no estado do Pará ainda possui caráter heterogêneo, com concentração das altas taxas em regiões mais ricas e com maior acesso ao conhecimento e infraestrutura e em regiões com menor IDH, sobretudo os municípios da Ilha do Marajó, com índices de 22,92% (Melgaço/PA - 2023/DATASUS) do cenário de imunização.  Conclusão: O estudo permite concluir que o cenário da cobertura vacinal ainda necessita da formação de políticas públicas que visam abranger a vacinação em todo território do estado do Pará, como campanhas direcionadas e propagação de informações sobre a importância da imunização para reduzir futuros impactos e ocorrências da Poliomielite em crianças. As análises epidemiológicas fazem-se importantes para a orientação das futuras ações, de modo que o acompanhamento das tendências das taxas de imunização fundamenta o cenário da medicina preventiva e atenção primária que ainda carecem de investimentos. 

     

     

     

  • Palavras-chave
  • Vacinação, Poliomielite, Epidemiologia.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Comissão Científica

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza