PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MORTALIDADE MATERNA NO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA – PARÁ, ENTRE OS ANOS DE 2018 a 2022

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MORTALIDADE MATERNA NO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA – PARÁ, ENTRE OS ANOS DE 2018 a 2022

• Autor
• Marcele Farias Silva Monteiro
• Co-autores
• Gleyce Gabrielle Pereira Costa Guimarães , Thainá Thamara Machado Pinto , Cícero Roniel de Sousa , Guilherme dos Reis Neves , Diego Simeone , Rafaela Macagnan , Nadson Francisco Guimarães Monteiro , Auryceia Jaquelyne da Costa Guimarães , Fabiana Souza dos Santos
• Resumo

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  A mortalidade materna é definida como o óbito de uma mulher na gestação, no parto ou até 42 dias após o parto. Tendo a razão de mortalidade materna (RNM), como um potente indicador de saúde, refletindo as condições sociais, econômicas e de qualidade de vida das mulheres que vivem em um determinado local.  A ocorrência de óbitos maternos evitáveis reflete as precárias condições econômicas, culturais e tecnológicas de um país ou de uma sociedade e constitui-se numa violação dos direitos reprodutivos das mulheres, tratando-se, portanto, de uma preocupação mundial O objetivo deste trabalho foi analisar o perfil epidemiológico dos óbitos maternos no município de Bragança - Pará, no período de 2018 a 2022. O município está localizado na região nordeste do Pará, e inserido no 4º Centro Regional de Saúde (CRS). É um dos municípios mais importantes deste CRS, pois recebe mães de outros municípios para realização dos partos. O estudo foi realizado de forma retrospectiva e quantitativa, analisando dados como raça, faixa etária, escolaridade e causa dos óbitos maternos durante o período mencionado. Para a obtenção dos dados, utilizamos a plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde DATASUS. Em seguida, esses dados foram analisados utilizando um modelo linear generalizado, o qual considerou a não linearidade dos dados. Durante o período de 2018 a 2022, observamos um total de 17 óbitos maternos no município de Bragança. Os anos com maiores números de óbitos foram 2019 (05) e 2022 (04). Em 2018 e 2021 ocorreram três óbitos, e em 2020 apenas dois. Destes, o maior número ocorreu nas faixas etárias de 15 a 24 anos (08 óbitos) e 25 a 34 anos (08 óbitos) (F 2,12 = 6.53; p = 0.05), principalmente entre as mulheres pardas (F 1,8 = 22.5; p < 0.001). Mesmo não havendo diferença estatística para a escolaridade (F 2,12 = 1.73; p = 0.48), o maior número de óbitos ocorreu entre mulheres com fundamental incompleto. As principais causas destes óbitos foram eclampsia (08), deslocamento prematuro da placenta (03), e anormalidades da contração uterina (03). Conclui-se que as principais causas de óbitos maternos estão relacionadas com às características socioeconômicas, demográficas e de saúde da população. Assim, é recomendado tomar medidas essenciais para mudar o cenário atual, como: fortalecer a Atenção Primária à Saúde e a Rede de Atenção Materna e Infantil, por meio da ampliação do acesso ao planejamento reprodutivo, à assistência ao parto seguro e à melhoria da qualidade dos serviços pré-natais oferecidos no município.

   

• Palavras-chave
• Fatores socioeconômicos, óbito materno, parto
• Área Temática
• Políticas Públicas em Saúde