Introdução: O prontuário médico é um documento fundamental para os profissionais da saúde, tendo em vista que nele constam, de forma organizada e concisa, dados dos pacientes, diagnósticos, tratamentos e prescrições, que visam facilitar o atendimento na rede de assistência à saúde. No entanto, o uso de prontuários em suporte de papel, por vezes, acaba dificultando esse processo, devido à deterioração natural deste, a ilegibilidade das informações e perda dos dados por furto, incêndio, roubo, inundações ou chuvas. Assim, visando superar tais obstáculos, em 2002, o Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu o prontuário eletrônico, um meio moderno e prático desses dados serem armazenados, permitindo, ainda, que informações sejam adicionadas e compartilhadas entre diferentes unidades de saúde, garantindo que os profissionais responsáveis pelo atendimento façam diagnósticos e tratamentos contextualizados. Objetivos: Discorrer acerca da importância da transição de prontuários de papel para os eletrônicos sob a perspectiva de acadêmicos de medicina. Relato de Experiência: Em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que ainda estão em processo de transição para digitalização e que são visitadas constantemente durante os semestres de faculdade, é rotineira a demora para o início do atendimento devido à procura pelo prontuário em papel do paciente a ser atendido. Além disso, muitas vezes, quando o prontuário não é encontrado e a consulta é iniciada, o serviço é tratado como a primeira visita deste paciente à UBS, pois a ausência deste documento impede uma completa investigação a consultas prévias, o que prejudica a consulta do indivíduo, visto que o profissional não fica ciente das hipóteses diagnósticas prévias àquela consulta. Pelo ponto de vista do profissional, esse documento é um respaldo legal para o exercício de sua profissão, visto que é nele que se registra o que foi discutido na consulta. Nesses semestres da faculdade, percebemos como essa perda de prontuários poderia ser mitigada pela digitalização completa das UBS, o que traria benefícios aos profissionais e, principalmente, aos pacientes. Conclusão: Portanto, as versões apresentam limitações bem definidas. O prontuário em papel apresenta vantagens por não depender do sistema de Internet ou de eletricidade no momento, porém houve demora para acesso e, por vezes, o registro não foi encontrado, o que dificultou em certas situações o seguimento do paciente, atrasando o atendimento. O prontuário eletrônico, por sua vez, demonstrou-se mais prático e viável nos cenários de prática frequentados. Porém, em algumas localidades ainda não é uma realidade, visto que em algumas Unidades de Saúde não possuem rede de Internet ou o próprio aparelho de acesso, como a UBS da Ilha do Combú - Pará. Dessa forma, ambas as formas de registro ainda dependem das circunstâncias do local, ainda que o prontuário eletrônico tenha sido mais fácil e prático para os atendimentos, quando havia a disponibilidade.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza