Análise dos casos de sífilis em gestantes na Região Norte do Brasil durante o período de 2019-2023: um estudo ecológico

  • Autor
  • Louise Vitória Dias Pena Costa
  • Co-autores
  • Fernanda Batista da Silva , Hanne Carolina dos Santos Melo , Leonardo Yuji Nihira Alencar
  • Resumo
  • Introdução e objetivo: A sífilis é uma doença infecto-contagiosa, causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser transmitida verticalmente durante a gestação (sífilis congênita). Em gestantes, a transmissão ocorre para o feto através da via transplacentária ou por meio do contato direto da criança pelo canal vaginal. Diante disso, vale ressaltar que a sífilis em gestantes é uma temática importante na Região Norte, visto que, há uma alta prevalência nessa parte do país. O objetivo deste trabalho é analisar a incidência dos casos de sífilis em gestantes na Região Norte do Brasil, entre os anos de 2019 a 2023. Casuística e método: Trata-se de um estudo ecológico, do tipo descritivo e quantitativo, o qual utilizou dados do Sistema de Notificação de Agravos de Notificação (SINAN) tabulado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram extraídos dados de todos os estados da Região Norte, entre 2019-2023. As variáveis incluídas foram: ano de diagnóstico, gestantes e faixa etária. As informações foram tabuladas pelo TABNET e analisadas pelo programa Excel 2016. Resultados: Os resultados demonstram uma predominância de sífilis em gestantes nos anos de 2021 e 2022 na Região Norte e, principalmente, nos Estados do Pará (PA) e do Amazonas (AM). Em contrapartida, o Estado de Roraima (RR) foi o que apresentou menores casos  ao longo dos anos, inclusive no ano recorde de notificações (2022). Entretanto, todos os Estados apresentaram uma queda brusca de casos na transição dos anos de 2022 para 2023. Outrossim, observou-se essa maior incidência em mulheres grávidas de 20 a 34 anos. Discussão: Os resultados do estudo revelam que os Estados PA e AM, possuem uma maior incidência, possivelmente, de acordo com  estudos anteriores, por fatores socioeconômicos, acesso limitado aos serviços de saúde e práticas inadequadas de prevenção e tratamento. Todavia, houve uma queda de casos nos anos de 2022 para 2023, refletindo uma tendência a diminuir o número de novos casos de sífilis gestacional e uma melhora nos programas de prevenção e tratamento. Apesar da baixa nos números de diagnósticos na transição desses anos, o número de casos registrados ainda encontra-se muito longe do considerado ideal, representando, portanto, um problema grave de saúde pública na Região Norte. Conclusão: Desse modo, percebe-se que os achados destacam a urgência de continuar e intensificar os esforços de prevenção e tratamento da sífilis gestacional na Região Norte. Diante disso, estratégias de saúde pública, como programas de rastreamento precoce, educação em saúde sexual e acesso a tratamentos, são essenciais para reduzir a transmissão materno-fetal e as complicações, como por exemplo, abortamento espontâneo e morte fetal ou neonatal. Além disso, enquanto limitação para o estudo, evidencia-se uma possível subnotificação dos casos, o que dificulta uma análise precisa da incidência de sífilis em gestantes e a formulação de estratégias de saúde pública.

  • Palavras-chave
  • Sífilis congênita, gestantes, epidemia, transmissão vertical.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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Boa leitura!

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