Impactos das Políticas Públicas sobre a Epidemia Global de HTLV

  • Autor
  • Bruna Viviane Bacha Miranda
  • Co-autores
  • Carlessandra Assenção dos Santos , Elaine Almeida do Lago , Wesley Wander Negrão Fonseca , Juliana Paula Malheiros Dias , Airton Kenji Motizuki , Marina Izabel Monteiro de Oliveira , Ana Beatriz Vieira Fernandes , Esther Anouse Desir , Nailla Byatriz Silva de Morais
  • Resumo
  •  

    Introdução: O HTLV, causador da Infecção sexualmente transmissível (IST) de mesmo nome, é um retrovírus linfotrópico de células T humano, que possui quatro subtipos de HTLV: HTLV-1, HTLV-2, HTLV-3 E HTLV-4. Sendo os dois primeiros mais prevalentes e com maior impacto no mundo. Dentre seus efeitos encontram-se comprometimentos neurológicos e hematológicos. Objetivo: Analisar as repercussões de políticas públicas no controle da epidemia de HTLV nos últimos 10 anos no âmbito de saúde. Casuística e Métodos:  Este é um estudo retrospectivo, com abordagem descritiva quanto ao panorama epidemiológico da doença discutida. Foi realizada pesquisa com base no cruzamento dos descritores “Epidemia” e “HTLV”, utilizando o operador booleano “AND” nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO, e aplicando-se um filtro temporal para os últimos 10 anos. Os dados extraídos incluíram prevalência, fatores de risco, manifestações clínicas, métodos e estratégias de controle. Os resultados foram apresentados de forma quantitativa e qualitativa. Resultados: O vírus do HTLV apresenta alta prevalência em diferentes partes do globo. Entretanto, há várias discussões acerca da heterogênea distribuição do vírus globalmente devido à escassez de estudos que entendam sua peculiar distribuição em diferentes grupos de pessoas. Além disso, foi observado que pessoas infectadas pelo HTLV-1 tiveram uma diminuição na incidência de H. Pylori, visto que a progressão da imunossupressão do vírus tornou o ambiente intragástrico inadequado para a permanência da bactéria. Também, foi percebido estudos insuficientes que abordam sobre os subtipos HTLV-3 e HTLV-4, o que, por conseguinte, pode interferir no manejo e diagnóstico dessas infecções. A maioria das pessoas infectadas permanece assintomática ao longo da vida, com isso há facilitação da transmissão viral, por essa razão, é considerada como doença negligenciada. No Brasil, não há políticas públicas exclusivas para essa IST, porém a prevenção mais eficaz firma-se na utilização de métodos de barreira. Ademais, a intervenção consistente integra ações biomédicas, mudanças comportamentais e qualificação estrutural. Conclusão: A análise epidemiológica revelou um desafio à saúde devido a escassez de pesquisas sobre os subtipos HTLV-3, HTLV-4 e a interação patogênica entre a HTLV-1 e H. Pylori, o que pode comprometer o diagnóstico e o manejo adequado dessas infecções. Além disso, a infecção assintomática na maioria dos portadores facilita a disseminação do vírus, tornando-o uma doença negligenciada. No Brasil, a ausência de políticas públicas específicas para o HTLV, indica uma falha no sistema de saúde. Conclui-se a necessidade de um esforço conjunto para melhorar a prevenção, diagnóstico e tratamento do HTLV, visando reduzir sua prevalência e impacto na saúde pública.

  • Palavras-chave
  • Estudo epidemiológico, HTLV , Saúde Pública
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Lauro José Barata de Lima

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza