Leishmaniose no Brasil: Análise Temporal e Geográfica (2017-2023) a partir dos Dados do DATASUS e TABNET

  • Autor
  • Sophia Silva da Silva
  • Co-autores
  • Ícaro Arley Baia Sarraf , Ligia do Socorro Oliveira , Orlando Amador Pereira Neto , Juarez Antônio Simões Quaresma , Pedro Fernando Da Costa Vasconcelos
  • Resumo
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    Introdução: A leishmaniose é uma doença infecciosa causada pelo parasita do gênero Leishmania, transmitida pela picada de insetos vetores do gênero Phlebotomus (no Velho Mundo) e Lutzomyia (no Novo Mundo). Esta doença é endêmica em muitas regiões tropicais e subtropicais, apresentando diferentes formas clínicas, que variam desde lesões cutâneas simples até formas viscerais graves e potencialmente fatais. Este resumo pretende fornecer uma visão geral da epidemiologia da leishmaniose entre os anos de 2017 e 2022, destacando a incidência global, os fatores de risco, as estratégias de controle e as tendências observadas durante esse período. Metodologia: Os dados foram coletados a partir do DATASUS, um sistema de informação do Ministério da Saúde que compila informações sobre diversos agravos à saúde no Brasil. Foram analisados os registros de casos de leishmaniose, incluindo leishmaniose visceral e cutânea, em diferentes estados e municípios brasileiros. Além disso, foram considerados indicadores demográficos e socioeconômicos para contextualizar a distribuição da doença. Resultados: Durante o período de 2017 a 2022, os dados do DATASUS revelaram uma incidência significativa de leishmaniose no Brasil, com variações regionais e sazonais. A tendência observada na pesquisa dos dados apresenta-se em queda, seja na Leishmaniose Visceral com diminuição de 4456 em 2017 para 1983 em 2022 e na Tegumentar com variação de 18.963 em 2017 para 14.305.  Discussão: As regiões mais afetadas foram predominantemente aquelas com condições socioeconômicas desfavoráveis, como áreas rurais e periurbanas de estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo a região nordestina com o maior número de casos confirmados em 2022 com 1.012 notificações, configurando 55,57% das ocorrências nacionais.  Houve um aumento observado nos casos de leishmaniose visceral em algumas regiões, enquanto a leishmaniose cutânea mostrou uma distribuição mais ampla, afetando tanto áreas urbanas quanto rurais. Conclusão: Os dados do DATASUS evidenciam a persistência da leishmaniose como um problema de saúde pública no Brasil durante o período de 2017 a 2023. A análise desses dados destaca a necessidade contínua de medidas eficazes de controle e prevenção da doença, incluindo vigilância epidemiológica robusta, diagnóstico precoce, tratamento adequado dos casos, controle do vetor e educação em saúde para comunidades afetadas. Além disso, políticas públicas integradas e ações interdisciplinares são essenciais para enfrentar os determinantes sociais e ambientais que perpetuam a transmissão da leishmaniose no país.

     

  • Palavras-chave
  • Leishmaniose, Epidemiologia
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

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Comissão Científica

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Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza