Análise do uso de anticorpos monoclonais no Brasil no período de 2019 a 2024

  • Autor
  • Nayara Martins Ramos
  • Co-autores
  • Isabela Costa Vaz , Erine Souza Aguiar , Júlia Cáceres de Menezes , Esther de Seixas Moura , Lucas Fernandes Araujo Silva , Wellington Gabriel Santa Rosa Pereira , Larissa Araújo Queiroz , Juliane Correa e Correa , Fernando Gabriel Rodrigues Pereira
  • Resumo
  • Introdução e objetivo: os anticorpos monoclonais (ACMs) são biofármacos produzidos em células vivas a partir de um clone de linfócito B. Ligam-se a antígenos, bloqueando diretamente o invasor ou ativando o sistema imunológico para eliminar microrganismos e células tumorais. Observa-se que esses medicamentos são cada vez mais utilizados, sendo disponibilizados pelo SUS para tratar doenças autoimunes e cânceres. Alguns dos ACMs mais usados para doenças autoimunes são rituximabe, infliximabe, adalimumabe e golimumabe. Assim sendo, o presente estudo objetiva analisar o uso dos ACMs rituximabe, infliximabe, adalimumabe e golimumabe no Brasil de 2019 a 2024. Casuística e método: trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e quantitativo, com dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). Os ACMs incluídos foram: Adalimumabe 40mg injetável (por seringa preenchida), Infliximabe 10 mg/ml injetável (frasco-ampola com 10ml), Golimumabe 50mg injetável (por seringa preenchida) e Rituximabe 500mg injetável (por frasco-ampola de 50ml - originador) utilizados entre Março/2019 a Março/2024. Foram consideradas as variáveis: quantidade aprovada, segundo região, unidade da federação (UF) e ano-atendimento. Os dados foram tabulados e analisados por estatística descritiva. Resultados: em relação à administração de ACMs no Brasil pelo SUS entre 2019-2024, foram identificadas 7.846.769 doses, sendo 65,96% de Adalimumabe 40mg injetável, 22,42% de Infliximabe 10mg/ml injetável, 11,08% de Golimumabe 50mg Injetável e 0,54% de Rituximabe 500mg Injetável (42.568). Na distribuição regional destacam-se as regiões Sudeste, com 4.146.660 doses (52,85%), Sul (20,7%) e Nordeste (12,36%). A região Norte foi a que menos utilizou os biofármacos analisados (257.241), com 3,27% do total. Na análise do número de doses administradas por UF, o estado que mais aplicou ACMs foi São Paulo (SP), com 2.326.996 doses (29,66%). Em segundo, Minas Gerais (MG) teve 13,59% das aplicações e, em terceiro, Paraná teve 9,73%. A UF que menos aplicou ACMs foi o Amapá, com 9.935 doses aplicadas (0,13%). O ano que mais teve aplicação de ACMs no período foi 2022, com 1.770.590 doses aplicadas (22,56%), seguido por 2021 (22,52%) e 2020 (22,22%). Discussão: verifica-se a utilização crescente dos ACM, demonstrando sua relevância para o prognóstico de pacientes que antes ficavam sem uma opção de tratamento. Observa-se também a disparidade no acesso a estes biofármacos, principalmente no que tange à região Norte, que tem a UF que menos utilizou ACMs (AP) do país. Os estados que mais aplicaram ACMs, SP e MG, são os dois mais populosos, o que interfere parcialmente neste resultado. Vale ressaltar que a pesquisa não considerou dados de fármacos biossimilares. Conclusão:  o crescimento do uso de ACMs é uma realidade no país, entretanto fatores socioeconômicos, estruturais e epidemiológicos ainda influenciam a disponibilidade e utilização desses agentes terapêuticos.

     

  • Palavras-chave
  • Utilização, Anticorpos Monoclonais, Brasil
  • Área Temática
  • Evolução dos Fármacos
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

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