Biodiversidade da fauna de flebotomíneos na Região Amazônica: uma revisão de literatura

  • Autor
  • Naum Neves da Costa dos Santos
  • Co-autores
  • Ranter Barbosa de Lima , Nayara Linco Simões , André Victor Oliveira Monteiro , Samuel Arcebispo Brasileiro , Jônatan Pinho Rodrigues Da Silva , Ândria do Socorro Gusmão de Carvalho , Kaio Vinícius Paiva Albarado
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença parasitária, causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida por algumas espécies de flebotomíneos. Essa infecção atinge majoritariamente populações de vulnerabilidade e o Brasil está entre os nove países com maior número de casos, sendo a maioria na região Amazônica. Assim, objetivou-se definir a fauna de flebotomíneos transmissores da LTA prevalentes na Região Amazônica. Casuística e Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com artigos disponibilizados nas bases de dados Google Scholar, Scielo e PubMed, publicados entre 2019 e 2024, nas versões em inglês e português, acessíveis na íntegra e gratuitos. Os descritores utilizados foram: Fauna, Sandflies (flebotomíneos), Amazônia, Leishmaniose Tegumentar e Espécies, intercedidos pelo operador booleano “AND”. Resultados: Foram obtidos 146 resultados, sendo selecionados 5 artigos para compor o estudo. Observou-se grande diversidade catalogada de flebotomíneos na região amazônica. No município de Tefé, Amazonas, coletou-se 637 flebotomíneos, sendo 535 identificados ao nível de espécie, totalizando 25 espécies distribuídas em 10 gêneros, com destaque para Trichophoromyia, Psychodopygus e Nyssomyia, que representaram 81,30% da fauna. Em Presidente Figueiredo, Amazonas, coletou-se 3.186 flebotomíneos, pertencentes a 13 gêneros e 52 espécies, com predominância de Nyssomyia, Psychodopygus e Bichromomyia. Em Cachoeira do Piriá, nordeste do Pará, coletou-se 544 flebotomíneos de 12 gêneros e 28 espécies, com abundância na floresta, as espécies Nyssomyia, Evandromyia, Psychodopygus e Bichromoyia. Na região de São Gabriel da Cachoeira, coletou-se 6.985 flebotomíneos, distribuídos em 51 espécies, com cinco casos confirmados de LTA. Em Mato Grosso, detectou-se 26 novas espécies, totalizando 132 espécies, com os principais vetores de LTA sendo Nyssomyia whitmani e Bichromomyia flaviscutellata, registrados nos três biomas do estado. Discussão: A partir da análise dos estudos, percebeu-se que a grande vegetação da floresta amazônica comporta a maior biodiversidade da fauna de flebotomíneos. No entanto, observou-se também a influência das áreas urbanas no desequilíbrio desta fauna, visto que o aumento do desmatamento e avanço dos espaços das cidades da região amazônica, contribuem com a alteração do ambiente para o desenvolvimento dessas espécies e consequentemente com a aproximação dos vetores com a população urbana, resultando no aumento da frequência de gêneros de flebotomíneos e do risco de infecção. Conclusão: A região amazônica, com sua rica diversidade de flebotomíneos, desempenha um papel crucial na transmissão da LTA, já que as grandes áreas de vegetação Amazônica abrigam a vasta biodiversidade desses vetores. Logo, conhecer a fauna de flebotomíneos e sua distribuição é essencial para implementar estratégias eficazes de controle e prevenção da LTA.  

  • Palavras-chave
  • Flebotomíneos, Leishmaniose, Espécies, Amazônia.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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