Chikungunya em grávidas na Região Norte durante o período de 2019-2024: um estudo ecológico

  • Autor
  • Louise Vitória Dias Pena Costa
  • Co-autores
  • Giovana Rodrigues de Assunção , Rafaela Rodrigues de Assunção , Maria Eduarda Dias Barbosa , Giovana Bastos Brega , Leonardo Yuji Nihira Alencar
  • Resumo
  • Introdução e objetivo: As arboviroses são doenças virais transmitidas por artrópodes, e representam um desafio significativo à saúde pública, especialmente na Região Amazônica. Dentre este grupo de doenças, a chikungunya, causada pelo vírus CHIKV, tem causado grande impacto na vigilância epidemiológica da Região Norte. Diante disso, a análise epidemiológica da dengue em mulheres grávidas se mostra imprescindível para a adequada avaliação da vigilância e da epidemiologia da Chikungunya no Brasil. O objetivo deste estudo é analisar a incidência de casos de Chikungunya em gestantes na Região Norte, entre os anos de 2019 a 2024. Casuística e método: Trata-se de um estudo ecológico, do tipo descritivo e quantitativo, o qual utilizou dados do Sistema de Notificação de Agravos de Notificação (SINAN) tabulado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram extraídos dados da Região Norte, entre 2019 e 2024. As variáveis incluídas foram ano de notificação e gestante (trimestre de gestação). Resultados: No período, houve um total de 1207 casos de Chikungunya em gestantes no Norte, com uma queda entre 2019-2021, seguido por um aumento entre 2021-2023, sendo 2023 o ano de maior incidência (292 - 24% dos casos). Outrossim, houve uma predominância nos Estados do Tocantins (TO), com o maior número de casos, um total de 577 (47% dos casos), durante o período de 2019-2024, e do Pará (PA), com 280 (23% do total). Em contrapartida, o Estado do Amapá (AP) apresentou a menor quantidade, com somente 8 casos (0,66%). Ademais, observou-se um predomínio em gestantes no segundo trimestre de gravidez, com 481 casos, representando 39,85% do total, Todavia, visualiza-se uma tendência ao aumento dos casos na Região Norte. Discussão: Os dados obtidos indicam variações na incidência de Chikungunya nos estados da Região Norte. Diante disso, os estados TO e PA foram destaque no número de casos, enquanto o Estado AP foi o que apresentou menor número. Tal situação deve-se às diferenças entre os estados em fatores sociais e econômicos, como a densidade demográfica, condições de moradia, educação ambiental e condições econômicas. Ademais, observou-se uma tendência a aumentar o número de casos, o que reforça a necessidade de uma abordagem multissetorial para controlar a doença, mediante as consequências que esta pode causar às gestantes e aos neonatos. Conclusão: Os resultados apresentados caracterizam a evolução da incidência de Chikungunya em grávidas na Região Norte do Brasil. Nota-se um aumento de casos nos últimos anos pós pandemia do Covid-19, período no qual houve uma maior subnotificação,  aspecto que também limita a precisão do estudo em questão. Nesse sentido, evidencia-se a necessidade de uma abordagem multissetorial e integrada, que considere aspectos epidemiológicos e determinantes próprios de cada estado. Logo, os dados apontam a necessidade da vigilância constante e de estratégias eficazes para reduzir a ocorrência da doença.

  • Palavras-chave
  • Infecções por arbovirus, Vírus Chikungunya, Epidemiologia, Gestantes.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza