Panorama da Hepatite C no Brasil: Análise Epidemiológica de 2017 a 2020 com Base nos Dados do DATASUS e TABNET

Panorama da Hepatite C no Brasil: Análise Epidemiológica de 2017 a 2020 com Base nos Dados do DATASUS e TABNET

• Autor
• Sophia Silva da Silva
• Co-autores
• Ícaro Arley Baia Sarraf , Ligia do Socorro Oliveira , Orlando Amador Pereira Neto , Juarez Antônio Simões Quaresma , Pedro Fernando Da Costa Vasconcelos , Jorge Rodrigues de Sousa
• Resumo

•  

  Introdução: A hepatite C é uma preocupação global de saúde pública, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, ela representa um desafio significativo devido à sua prevalência e às consequências para a saúde pública. A transmissão do HCV pode acontecer pelo contato com o sangue e fluídos contaminados. Normalmente descoberta em sua fase crônica, o diagnóstico ocorre a partir dos testes rápidos de rotina presentes na APS.  Este resumo examina os dados epidemiológicos da hepatite C no Brasil entre os anos de 2017 e 2023, utilizando informações do DATASUS e TABNET. Metodologia: Foram coletados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) por meio do DATASUS e do TABNET, fornecendo informações sobre casos notificados de hepatite C no Brasil durante o período de 2017 a 2020. Utilizaram-se técnicas de análise descritiva para examinar tendências temporais, distribuição geográfica e características demográficas dos casos. Resultados: Durante o período de estudo, foram notificados 66.913 casos de hepatite C no Brasil. Houve uma tendência de aumento nos casos notificados de hepatite C durante os anos iniciais do período, seguida por uma estabilização ou leve diminuição nos últimos anos. A distribuição geográfica dos casos mostrou uma concentração em determinadas regiões do país, com uma incidência mais alta em áreas urbanas densamente povoadas. Quanto às características demográficas, observou-se uma predominância de casos em adultos jovens, especialmente do sexo masculino. Além disso, houve uma associação significativa entre hepatite C e comportamentos de risco, como o uso de drogas injetáveis e práticas sexuais de risco. Discussão: A compreensão dos dados permite analisar que a incidência da Hepatite C está diretamente ligada ao processo de urbanização e superpovoamento dos grandes centros. O aumento do contingente populacional e mudanças no estilo de relacionamentos propiciou que houvesse maior disseminação da doença entre os indivíduos, sobretudo, os jovens. É notório que a permanência dos altos índices da doença também é relacionada a falta de instrução para a prevenção.  Conclusão: A hepatite C continua a ser um importante problema de saúde pública no Brasil, apesar de algumas tendências encorajadoras nos últimos anos. A concentração de casos em determinadas regiões e grupos demográficos ressalta a necessidade de estratégias de prevenção e controle direcionadas, incluindo programas de educação, triagem e acesso a tratamento. Além disso, a integração de políticas de saúde pública com medidas para abordar os determinantes sociais e comportamentais da doença é essencial para reduzir a carga da hepatite C no país.

   

   

   

   

   

• Palavras-chave
• Hepatite C, Epidemiologia
• Área Temática
• Epidemias Globais