PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES POR DIARREIA E GASTROENTERITE NA REGIÃO DO XINGU ENTRE OS ANOS 2019 A 2023.

  • Autor
  • LUCIANA FERREIRA VIDAL
  • Co-autores
  • Vanessa Yasmin Alves , Yasmim Ketlyn Tontini Vitorino , Nayara Linco Simões , Ranter Barbosa de Lima , Ândria do Socorro Gusmão de Carvalho, , Naum Neves da Costa dos Santos, , Jamille Cristina Conceição Santos , Ciro Francisco Moura de Assis Neto
  • Resumo
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    Introdução e Objetivos:A diarreia é definida como diminuição na consistência das fezes e aumento do número de evacuações. Gastroenterite é a infecção do trato gastrointestinal (TGI), que pode ser causada por vírus, bactérias e parasitas. Essas infecções estão associadas ao consumo de água e alimentos contaminados, à falta de acesso a saneamento básico e higiene. A desidratação decorrente da diarreia é preocupante e pode levar à óbito. Além de ser causa importante de mortalidade infantil, sobretudo em regiões de baixa renda, como o Xingu na Amazônia, onde o acesso aos serviços de saúde é limitado. Assim, o estudo objetivou traçar o perfil epidemiológico das internações por diarreia e gastroenterite (DG) na região Xingu, entre os anos de 2019 a 2023. Casuística e método:Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo, do tipo exploratório-descritivo. Utilizou-se a base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) disponível na plataforma TABNET, para extrair e analisar o número de internações, local de residência, faixa etária, etnia e sexo por (DG) na região do Xingu. Resultados:A amostra final incluiu 1273 internações por DG entre crianças e adolescentes na região Xingu, de 2019 a 2023. O maior número de registros ocorreu em  2019 com 377 casos (100 internações/100.000 habitantes), enquanto 2020 teve o menor registro. A faixa etária mais afetada foi de 1 a 4 anos (53,7%), com prevalência do sexo masculino (51,1%). Quanto à etnia, 67,6% eram pardos, seguidos por indígenas (8,9%), e 21% das crianças sem etnia declarada. As etnias branca, amarela e preta representam 1,6%;0,5% e 0,3% respectivamente. O município Senador José Porfírio apresentou maior número de casos em relação à população (1103 internações/100.000 habitantes), enquanto Porto de Moz registrou o menor número (32 internações/100.000 habitantes). Discussão:Em 2019, registrou-se o maior número de internações, possivelmente devido a surtos locais e melhorias na vigilância.A faixa etária mais afetada foi de 1 a 4 anos, destacando a vulnerabilidade desse grupo a infecções gastrointestinais por seu sistema imunológico em desenvolvimento. A maioria das internações e óbitos foi observada no sexo masculino, indicando maior vulnerabilidade ou exposição. A população parda teve maior número das internações, refletindo a composição étnica da região e possíveis disparidades no acesso à saúde. Um significativo número de internações não teve etnia declarada, sugerindo lacunas na coleta de dados ou questões de autoidentificação, além de possível preconceito de pertencer a etnias marginalizadas. Indígenas foram a segunda etnia com mais internações, o que pode ser pela dificuldade de acesso à saneamento e serviços de saúde. Conclusão: Os dados de internações por DG no Xingu demonstram que crianças de 1 a 4 anos são mais afetadas. Por isso, é vital melhorar o acesso à saúde e ao saneamento na região para reduzir o impacto dessas infecções e evitar mortalidade infantil.

     

  • Palavras-chave
  • Diarreia, Gastroenterite, Amazônia, Crianças e adolescentes
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza