Análise da Expressão de MLKL e BAX na Inflamação Cerebral e Microcefalia Induzida pelo Vírus Zika

Análise da Expressão de MLKL e BAX na Inflamação Cerebral e Microcefalia Induzida pelo Vírus Zika

• Autor
• Pedro Henrique Rodrigues Ferreira
• Co-autores
• Jorge Rodrigues de Sousa , Daynara Sarges Ferreira , Davi Felipe Nóbrega Silva , Lucas Alexandre Ferreira de Sousa , Pedro Silva Lima , Marcus Paulo Oliveira Lopes , Fernando Freitas da Silva Pinto , João Lucas Lalor Tavares , Francimeiry de Nazaré Maués Rodrigues
• Resumo

• Introdução: A microcefalia é uma anomalia congênita caracterizada pela redução do perímetro cefálico. A microcefalia costuma refletir em diferentes graus de gravidade em relação a suas consequências. Desta forma, é comum que indivíduos com microcefalia apresentem comprometimento neuropsicomotor, bem como problemas de visão e audição, a depender da gravidade da microcefalia. Essa condição ocorre em alterações de alterações de estruturas cerebrais no feto ainda na gestação. A inflamação desempenha um papel crucial nesse processo, e as proteínas MLKL e BAX são elementos-chave na via de morte celular. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal para investigar a influência das proteínas MLKL e BAX em casos fatais de microcefalia induzida pelo vírus Zika. Amostras de tecido cerebral foram coletadas após a morte de pacientes com diagnóstico confirmado de microcefalia relacionada ao Zika. As Análises imunohistoquímicas e moleculares foram conduzidas para avaliar a expressão e a atividade dessas proteínas. Resultados: Nossos resultados revelaram uma expressão aumentada dessas duas proteínas proteínas MLKL e BAX nos tecidos cerebrais de pacientes com microcefalia induzida pelo vírus Zika. Além disso, observamos uma correlação positiva entre a expressão dessas proteínas e a gravidade da inflamação cerebral. A ativação dessas proteínas foi associada à morte celular programada e à neurodegeneração característica da microcefalia relacionada ao Zika. Conclusão: Nossos achados destacam o papel crítico das proteínas MLKL e BAX na patogênese da microcefalia induzida pelo vírus Zika, fornecendo insights importantes sobre os mecanismos moleculares subjacentes a essa condição. Essas descobertas sugerem que a modulação da atividade dessas proteínas pode representar uma estratégia terapêutica promissora para mitigar, ainda nas gestações,  os danos cerebrais associados à infecção pelo Zika vírus e suas consequências devastadoras. Investigações futuras podem se concentrar no desenvolvimento de terapias específicas que visem interromper a ativação dessas proteínas, com o objetivo de prevenir ou reduzir a neurodegeneração e os danos cerebrais nesses pacientes. Essas abordagens inovadoras têm o potencial de melhorar significativamente o prognóstico e a qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição, representando um avanço importante no campo da saúde pública e da neurociência.

   
• Palavras-chave
• ZIKA, Inflamação Cerebral, microcefalia
• Área Temática
• Epidemias Globais