INCOMPATIBILIDADES FÍSICO-QUÍMICAS NA UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

  • Autor
  • Luiza Helena Cardoso Platilha
  • Co-autores
  • ARTHUR RIBEIRO AGUIAR , Laiana Neves Cordeiro Cavalcanti , Larissa Suzan Basilio e Silva , Caroline Patrícia Amaral Costa , Rafael Reis de Oliveira , Lívia Ferreira Magno , Nathan Rodrigues Negrão , Alan Barroso Araújo Grisólia
  • Resumo

  • Introdução: As potenciais incompatibilidades físico-químicas (PIFs) entre medicamentos são um importante risco em ambientes hospitalares, especialmente em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) e semi-intensivos. Elas acontecem quando dois medicamentos, ao serem combinados na mesma solução, receptáculo ou local de administração, reagem de maneira que pode comprometer sua eficácia e segurança. Isso pode levar à perda do princípio ativo, formação de precipitados e obstrução de acessos venosos, causando complicações graves como flebite, tromboembolismo, sepse e até morte do paciente. O estudo tem como objetivo identificar os medicamentos e pares de medicamentos envolvidos com PIFs, bem como classificar a prevalência de acordo com o tipo de infusão e resultado de PIFs em pacientes na UCI de um Hospital Universitário. Métodos: Estudo qualitativo, quantitativo, descritivo e retrospectivo, constituído por pacientes internados na UCI de um Hospital no 1º semestre de 2022. Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (Parecer 4.951.726). Dados obtidos por meio de análise da prescrição eletrônica no Aplicativo de Gestão de Hospitais Universitários com uso do Trissel 's Stability of Compounded Formulations para análise das PIFs. Os dados dos 60 pacientes selecionados foram agrupados em planilhas e passaram por análise descritiva simples e cálculo de média e desvio padrão. Resultados: Para este estudo, foram selecionadas prescrições de 60 pacientes. Com os principais motivos de internação no CTI sendo condições do sistema respiratório (30%). Foi possível identificar que 65% das prescrições apresentaram pelo menos uma PIF. O principal medicamento envolvido em PIFs foi o Pantoprazol e a PIF com maior incidência foi Fentanil e Pantoprazol. Quanto ao tipo de infusão utilizado para administração dos medicamentos intravenosos, as PIFs foram mais prevalentes entre medicamentos de infusão intermitente (59,5%) e menos prevalente entre infusão contínua e intermitente (40,5%). Discussão: Estes dados evidenciam que os pacientes do CTI estiveram expostos a diversos potenciais eventos prejudiciais à saúde. Essa caracterização levanta preocupações sobre suas causas e consequências, visto que casos de PIFs demonstram relação com segurança no que tange à administração de medicamentos que, quando administrados de forma conjunta, como Fentanil e Pantoprazol, apresentam incompatibilidade físico-química como a precipitação, que causa diminuição do efeito de um dos fármacos, e, consequentemente, podem acarretar complicações no quadro clínico do paciente. Conclusão: A alta prevalência de PIFs nas prescrições analisadas deve-se à complexidade das condições clínicas dos pacientes críticos, que demandam múltiplos medicamentos intravenosos. Esses achados corroboram pesquisas anteriores e destacam a necessidade de vigilância e estratégias de prevenção para minimizar os riscos, garantindo a segurança e a eficácia da terapêutica em pacientes críticos.

  • Palavras-chave
  • Interações Medicamentosas, Incompatibilidade de Medicamentos; Cuidado Intensivo, Erros de medicação; Segurança do Paciente
  • Área Temática
  • Evolução dos Fármacos
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza