DETERMINAÇÃO DE BIXINA EM SEMENTES DE URUCUM

  • Autor
  • Roberta Louise Dias Rodrigues
  • Co-autores
  • Adilson Talis Ferreira dos Santos , Anabela Castro de Sousa , Juliana Helem Melo Ferreira , Edson Yuzur Yasojima , Vera Lucia Dias da Silva , Rosemary Maria Pimentel Coutinho
  • Resumo
  •  

    d) Introdução e Objetivo

    A utilização de plantas medicinais com efeitos fitoterápicos é uma prática muito antiga e comum na região amazônica. Dentre os diversos tipos de fitoterápicos, o corante vermelho extraído dos frutos de urucum (Bixa orellana L.) apresentam compostos bioativos, como carotenoides, com propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas. Este estudo teve como objetivo a obtenção de uma curva padrão pelo método espectrofotométrico para quantificação de bixinas totais em diferentes extratos vegetais.

     

    e) Casuística e Método

    Os frutos de urucum foram coletados no município de Barcarena/PA e suas sementes retiradas manualmente das cápsulas maduras. Para avaliar a melhor extração do corante avaliou-se três solventes: água, álcool etílico a 70% e clorofórmio 99,5%. As sementes foram lavadas com os referidos solventes em temperatura ambiente na relação 1:4 massa/solvente. Posteriormente, filtrados à vácuo e centrifugados a 3000 rpm, por 20 minutos. Os extratos foram então armazenados em frascos âmbar sob refrigeração a 4°C. Para o preparo das soluções diluídas foi retirado 1 mL do extrato na relação de 1:9 extrato/solvente. As leituras de absorbância para bixina foram realizadas em um comprimento de onda de 630 nm, utilizando um espectrofotômetro UV-Vis de feixe único da Shimadzu, para obtenção de uma curva-padrão, a fim de quantificar bixinas totais em diferentes extratos vegetais.

     

    f) Resultados

    A determinação da concentração de bixinas totais, a partir da curva padrão obtida, irá ajudar na quantificação de extratos terapêuticos para aplicações tecnológicas como antioxidantes naturais, haja vista que, esses carotenoides apresentam extensas cadeias carbônicas insaturadas permitindo a adição de radicais livres.

     

    g) Discussão

    O conhecimento popular sobre plantas medicinais tem contribuído para obtenção de um acervo de espécies com efeitos fitoterápicos, representando um potencial amazônico nas formações farmacêuticas. Além disso, a manipulação das sementes com solventes ambientalmente menos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente impulsiona o estudo de tecnologias alternativas de extração.

     

    h) Conclusão

    Esse avanço metodológico foi fundamental para garantir a qualidade dos resultados analíticos, contribuindo para o desenvolvimento de produtos de alta qualidade que aproveitam o potencial cicatrizante desses bioativos. O extrato oleoso de urucum apresentou um alto rendimento quando extraído com clorofórmio, entretanto, por ser esse solvente muito tóxico, optou-se em adotar etanol a 70% como solvente. A lavagem das sementes com água é promissora pela baixa toxicidade e custo, porém para obtenção do corante em pó seria necessário a evaporação desta, tornando o processo mais lento devido a degradação dos bioativos em temperaturas elevadas. A obtenção da curva padrão mostrou-se linearidade promissora (R=99,98%) para determinação da concentração das bixinas totais em ampla concentração nos vegetais.

  • Palavras-chave
  • Urucum; corantes naturais; bioativos;
  • Área Temática
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza