INTRODUÇÃO:
A Dengue é uma doença infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, predominante em recipientes com água parada. No Brasil, é endêmica com aumento nos casos durante períodos quentes e chuvosos. Desde 2022, os casos suspeitos de dengue têm crescido significativamente, ultrapassando 6 milhões em 2024. É crucial descrever o perfil epidemiológico para aprimorar estratégias de prevenção e controle.
OBJETIVOS:
Descrever os casos suspeitos notificados de dengue na região Norte entre janeiro de 2019 e abril de 2024.
MÉTODOS:
Estudo observacional, retrospectivo, com dados do SINAN via DATASUS. Foram analisadas notificações de casos prováveis de dengue por ano (2019-2023) e por mês (janeiro-abril de 2024), filtrando por estado da região Norte (IBGE). A variável analisada foi o estado de notificação.
RESULTADOS:
Foram analisados dados de casos suspeitos de dengue notificados na região Norte entre janeiro de 2019 e abril de 2024. Acre teve um pico em 2021 (14.934 casos) e reduziu para 5.483 casos em 2024, totalizando 48.549 casos. Amapá aumentou gradualmente, com 1.230 casos em 2023 e 5.139 em 2024, somando 7.182 casos. Amazonas teve 9.146 casos em 2024, totalizando 38.991 casos. Pará registrou 15.612 casos em 2024, acumulando 41.702 casos. Tocantins teve um pico em 2022 (20.707 casos) e 5.682 em 2024, totalizando 54.586 casos. Rondônia aumentou em 2022 (14.268 casos) e teve 4.884 casos em 2024, somando 37.088 casos. Roraima registrou 2.720 casos, com 10% em 2024. O total de casos na região Norte variou, com um aumento em 2022 (50.296 casos) e 46.215 casos em 2024 até abril, totalizando 230.818 casos. Em 2024, os casos mensais foram: janeiro (8.371 casos), fevereiro (13.063 casos), março (13.896 casos) e abril (10.885 casos), indicando variações sazonais.
DISCUSSÃO:
A análise revelou um aumento significativo nos casos de dengue desde 2022, totalizando 230.818 casos. Tocantins, Pará e Amazonas registraram os maiores números. Observou-se uma influência sazonal em 2024, com variações mensais significativas. Os resultados indicam a necessidade de reforçar medidas preventivas e estratégias específicas para cada estado, visando controlar a proliferação do Aedes aegypti e reduzir a incidência de dengue. Campanhas de conscientização, eliminação de criadouros e políticas de saneamento são essenciais para mitigar a endemia.
CONCLUSÕES:
O estudo revelou um aumento significativo nos casos de dengue na região Norte do Brasil desde 2022, com um total de 230.818 casos entre janeiro de 2019 e abril de 2024. Tocantins, Pará e Amazonas apresentaram os maiores números. Em 2024, os casos aumentaram nos primeiros quatro meses, indicando uma influência sazonal. Esses dados destacam a necessidade de reforçar medidas preventivas e estratégias específicas para cada estado, visando mitigar a propagação da dengue e reduzir os casos na região Norte.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza