PANORAMA DA GRAVIDEZ PRECOCE, DE 2013 A 2022, NA REGIÃO DE SAÚDE DO RIO CAETÉS, PARÁ, BRASIL

  • Autor
  • Arilson Santos de Andrade FIlho
  • Co-autores
  • Beatriz de Lima Moura , Dr. Cristovam Guerreiro Diniz , Elivan da Silva Alencar , Gessika Rafaella Sousa Siqueira , Jacqueline de Carvalho Nogueira , Jorge Elias Salum Neto , Layssa Daiane da Costa Oliveira
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: A gravidez precoce, entre 10 e 19 anos, traz sérias implicações para jovens mães e para a sociedade. As consequências incluem interrupção dos estudos, maior risco de complicações na gestação e impactos socioeconômicos. A Região de Saúde  (CIR) do Rio Caetés, no Pará, inclui 16 municípios, abrangendo uma população de 523.409 pessoas em 16.665,52 km². Essa área é destacada pela elevada incidência de gravidez na adolescência, o que justifica a relevância do presente estudo. OBJETIVO: Analisar os casos de gravidez precoce, entre 10 e 19 anos, na Região de Saúde do Rio Caetés, Pará. CASUÍSTICA E MÉTODO: Este é um estudo epidemiológico, retrospectivo e quantitativo, baseado em dados secundários obtidos via internet, utilizando informações do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) no DATASUS/TabNet. Foram coletados dados referentes às características de grávidas adolescentes na Região de Saúde do Rio Caetés no período de 2013 a 2022. As faixas etárias selecionadas foram: 10 a 14 anos e 15 a 19 anos. Os dados foram obtidos no sistema DATASUS, através da sequência: Informações de Saúde (TABNET) - Estatísticas Vitais; Nascidos Vivos; Abrangência Geográfica: Pará. As características analisadas incluíram: Região de Saúde, ano de nascimento, consultas pré-natal, estado civil da mãe e tipo de parto. RESULTADOS: De 2013 a 2022, tiveram 1.546 casos de gravidez na faixa etária de 10 a 14 anos, com maior número de casos nos primeiros três anos (2013-2015). Na faixa etária de 15 a 19 anos, ocorreram 22.380 nascimentos, com o maior número também nos primeiros três anos. Quanto às consultas pré-natal, ambas as faixas etárias apresentaram maior concentração de 4 a 6 consultas realizadas (600 e 8.551, respectivamente). No estado civil, 1.070 adolescentes de 10 a 14 anos eram solteiras, enquanto na faixa de 15 a 19 anos, 12.548 eram solteiras e 9.042 estavam em união consensual. Em relação ao tipo de parto, predominaram os partos vaginais (1.015 e 14.255, respectivamente). DISCUSSÃO: Embora os casos de gravidez na adolescência tenham diminuido nos últimos anos, ainda são relevantes e estão relacionados à falta de educação em saúde, que deve ser promovida em casa e nas escolas, incluindo planejamento familiar, prevenção da gravidez e de infecções sexualmente transmissíveis. Observou-se, ainda, que adolescentes de 15 a 19 anos têm mais nascimentos em união consensual, enquanto na faixa de 10 a 14 anos são mães solteiras. A falta de consultas pré-natal mínimas aumenta a vulnerabilidade social, colocando em risco a saúde da mãe e do feto. CONCLUSÃO: A gravidez precoce ainda é um problema significativo na Região de Saúde do Rio Caetés, agravando questões de saúde pública. Fatores sociais e a falta de educação em saúde contribuem para essa realidade. Outras implicações incluem riscos à saúde materna, devido à ausência de pré-natal, desestruturação familiar e abandono escolar. Logo, essa problemática persiste como agravante dos indicadores sociais. 

  • Palavras-chave
  • Adolescente. Caetés. Gestação.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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Tereza Cristina de Brito Azevedo

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